Buscando alternativas para retornar de forma segura a disputa das provas de natação em águas abertas, paralisadas desde março pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), seis dos maiores promotores de eventos de São Paulo lançaram na última segunda (6) a Comissão dos Organizadores de Eventos de Maratonas Aquáticas do Estado (Coema).
“Foi algo natural. Um dos principais canais que acompanham natação no país estava sempre perguntando quando seria a próxima prova. Falava com muitos organizadores. Até que organizamos uma primeira reunião e criamos a Coema. É uma ação coesa, com protocolos rígidos adaptados da Europa para a realidade que temos aqui. A ideia é tentarmos voltar o mais cedo possível. Mas não temos nenhuma data definida”, disse Igor de Souza, um dos administradores do circuito oficial de maratonas do estado de São Paulo, à Agência Brasil.
“Sentíamos falta de ter algo mais específico para nossa modalidade. Víamos muitos protocolos, mas não conseguíamos colocá-los dentro das nossas provas. Por isso, entramos nesse consenso”, informou à Agência Brasil Poliana Okimoto, medalhista olímpica nos Jogos do Rio-2016.
“A ideia é entregar o nosso protocolo na semana que vem à Secretaria Estadual de Esportes. Estamos aguardando, dependemos da escala deles”, afirmou Igor de Souza, que também é um dos quatro brasileiros na Hall da Fama de Maratonas Aquáticas, junto com Poliana Okimoto, Abílio Couto e a Ana Marcela Cunha.
O documento elaborado trata das mais diversas questões que envolvem as maratonas, desde a chegada dos atletas, retiradas de kit, procedimentos do pessoal de apoio e quantidade de atletas nas disputas.
“Pensamos em cada detalhe. No dia do evento, vamos separar as largadas. Na minha travessia, tínhamos três largadas. Agora, vamos dividir mais. Teremos também o cuidado de manter uma distância de um metro no mínimo entre os nadadores na largada. Aquele monte de gente entrando no mar, todos juntos, infelizmente, não teremos nesse ano. Faremos ajustes também nos percursos”, diz Poliana Okimoto.
“O congresso técnico vai ser virtual. Atletas e todos que estiverem na área de competição terão que usar máscara. Retirada dos kit será só para um membro da equipe, e competidores individuais deverão respeitar filas para que, cada um por vez, pegue o kit. Premiações em grupo também não ocorrerão mais. São cuidados ainda mais rigorosos do que aqueles que estão sendo usados para a liberação de shoppings e outros centros comerciais”, concluiu Igor de Souza.
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