O presidente Pedrinho deu entrevista na tarde desta quinta-feira para comentar sobre a ação do Vasco contra a 777 Partners. A empresa, que até então detinha 70% das ações da SAF do clube, foi afastada do controle por uma decisão judicial em caráter liminar.
O ex-jogador e atual dirigente explicou o motivo de ter movido a ação, acatada na 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro pelo juiz Paulo Assed Estefan. Na coletiva, realizada na Sala dos Beneméritos de São Januário, o mandatário prometeu salários em dia aos atletas e afirmou que, por ora, nada muda no planejamento da Vasco SAF.
"O planejamento esportivo e financeiro do futebol continua com a SAF. A ação é para proteger a Vasco SAF, para que o clube não fosse prejudicado com um bloqueio e entrasse em colapso financeiro", afirmou.
O dirigente declarou que a ação não tem qualquer intuito esportivo, e sim jurídico. Sobre a parte esportiva, ele afirmou que o pagamento dos salários e a busca por um novo treinador não serão afetados.
"Vamos ter ciência do que temos em caixa agora. Precisamos entender qual é a realidade. Nada foi interrompido. Os salários, dentro do que a gente imagina, vão ser honrados. Nós imaginamos, dentro do caixa do Vasco SAF, que existe receita para giro. E meu comprometimento é, que não tiver receita para giro, eu honre os compromissos dos salários em dia e as despesas mensais", disse Pedrinho.
Em busca de um nome após a saída de Ramón Díaz, Pedrinho comentou sobre a vinda do técnico português Álvaro Pacheco. Em entendimentos com o clube carioca, ele anunciou a sua saída do Vitória de Guimarães nesta quarta-feira.
"O que foi passado para mim é que está tudo resolvido com o técnico. Não tem porque ele não vir. A gente vai ter conhecimento se o contrato foi assinado ou foi pré-contrato. Não tem temor. A SAF está ali, o dinheiro está ali", afirmou Pedrinho.
Por meio de nota, a 777 Partners disse ter recebido com surpresa e indignação, por meio dos veículos de comunicação, a decisão, em caráter provisório, do afastamento da empresa do comando do Vasco SAF.
Ainda de acordo com o comunicado, a liminar, proferida durante à noite, em um caso no qual não tivemos acesso aos autos para responder legitimamente, é uma aberração jurídica e coloca em xeque não apenas o futuro do Vasco da Gama, mas o sistema do futebol brasileiro como um todo. Somos investidores internacionais, confiamos no Brasil e na Lei da SAF, projeto criado para permitir a recuperação de grandes clubes por meio de injeção de capital e gestão profissional.
Por fim, a parceira diz lamentar profundamente a posição belicosa e intransigente dos novos dirigentes do Vasco, em especial seu presidente, que nunca se dispôs a discutir soluções para o Vasco.
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