A torcida do Santos pressionou bastante o time neste sábado diante do Internacional. E cobrou uma resposta diante do Newell's Old Boys, terça-feira, pela Copa Sul-Americana. Após o sexto tropeço seguido, com quatro empates e duas derrotas, além de queda na Copa do Brasil nos pênaltis, Odair Hellmann saiu em defesa do elenco. Em sua visão, o futebol da equipe não vem sendo ruim. O técnico falou em blindar os jogadores das cobranças externas, mas admitiu que somente uma vitória contra os argentinos trará a paz que o grupo necessita.
"O elenco está consciente do que tem de fazer. Temos de buscar a vitória, que vai trazer a calmaria, a paz. Sabemos que uma vitória é fundamental para a volta da regularidade de time e no ambiente", afirmou o treinador.
Com somente quatro pontos e na terceira colocação do Grupo E - o Newell's tem 12 e dificilmente não avançará diretamente às oitavas da Sul-Americana - o Santos precisa ganhar nas Vila Belmiro para chegar à última rodada com chances de passar em segundo. Está com três pontos a menos que o Audax (7 a 4). O 2º fará um mata-mata com um terceiro da Libertadores.
Odair acredita na volta por cima da equipe, mas lamenta a pressão da torcida. Para ele, isso pode atrapalhar os jogadores. "Qualquer pressão externa dificulta ainda mais, traz falta de confiança", disse. "Temos de blindar (o grupo), trabalhar o apoio e melhorar o que temos. Assim é futebol, não estou aqui para dar desculpa e sim encarar a realidade. O time vem de sequências pesadíssimas de jogos, físicos e mentais, e vem a cobrança. Temos de fortalecer, buscar performance, mas nesse momento o resultado é o mais importante."
O treinador chegou a debater com jornalistas na Vila Belmiro se o futebol do time realmente está fraco. "Nos últimos empates, nessa sequência, qual jogo ruim que fizemos? Só contra o Bragantino. Tem de ser sincero na análise, não dizer que está tudo certo. Precisamos ter performance e ganhar, não fomos mal com o Palmeiras e nem com o Audax (Italiano) até a expulsão, com o Bahia produzimos bastante em casa e no segundo jogo tivemos mais posse", avaliou, antes de repetir que o que falta é uma vitória para reerguer o moral da equipe.
"Agora temos de vencer, se quarta (a apresentação) for igual com o Bragantino, é melhor vencer que acalma. Se pegar esses empates, vão ver que têm coisas boas. Difícil, falar? Claro que é, porque não está vencendo, mas sou sincero e não me escondo. Jogou mal, jogou mal, quando não fez um Paulista bom eu falei, agora precisa de resultado, mas veja o jogo de hoje. Tomamos gol com dois minutos (três, na verdade), o adversário foi melhor no começo, fez gol de rebote e foi bem só até os 20 porque o Santos não se encontrou. Quando encaixamos, mudamos posicionamento, melhoramos. E se fosse para ter um vencedor, seria o Santos. Mas futebol não é assim."
O técnico garantiu que não esconderá treinos da imprensa, e falou em dar um refino no time. "Estamos apressando demais, não finalizando na hora certa, errando passes. Temos de melhorar a execução. Esse é o refino que falo."
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