Os números não dizem tudo, mas, ajudam a entender o que acontece no futebol. As estatísticas de Marinho no Santos deixam clara a importância do atacante para o Peixe. No último domingo (16), contra o Athletico-PR, o Alvinegro Praiano venceu pela primeira vez desde a paralisação do futebol, devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Além de fechar o placar em 3 a 1 na Vila Belmiro, o camisa 11 deu assistências para os gols do atacante Yeferson Soteldo e do lateral Felipe Jonatan - o lateral Abner descontou para o time do Paraná. No jogo, segundo índices do Sofascore, site especializado em estatísticas esportivas, Marinho ainda deu outros dois passes decisivos, ou seja, proporcionou finalizações de companheiros. Na partida, ele foi o jogador que mais disputas de bola venceu (10, em 20 duelos) e sofreu seis das nove faltas cometidas pelo Athletico.
No Brasileiro, o atacante participou dos quatro gols marcados pelo Santos até agora. Ele também havia balançado as redes no empate por 1 a 1 com o Red Bull Bragantino, no domingo anterior (9), também na Vila, na estreia pela competição. Em três rodadas, levou menos de 65 minutos para participar de gols.
O detalhe que reforça o papel do jogador no elenco alvinegro é que Marinho esteve em apenas sete das 17 partidas do Peixe em 2020. O camisa 11 sofreu uma fratura no pé esquerdo logo na estreia dele no ano, em um 0 a 0 com o Bragantino pelo Campeonato Paulista. Quando foi a campo, o atacante participou de ao menos um gol por jogo. São cinco bolas na rede e duas assistências nesta temporada.
Após a partida, o técnico Cuca reconheceu a importância de Marinho, mas, prefere compartilhá-la com outros nomes do elenco. "[O Santos] Depende do Marinho, do Soteldo, do [volante Carlos] Sanchez, do Lucas [Veríssimo, zagueiro], dos caras mais experientes carregarem a molecada. Eles têm que agir assim, com essa liderança. Eles não têm por característica o comando e vão amadurecendo isso", analisou.
O resultado na Vila levou o Santos a quatro pontos e à oitava posição na Série A, enquanto o Athletico, com seis pontos, perdeu a chance de seguir na liderança, caindo para quinto. O Furacão sofreu a primeira derrota no campeonato e não teve o técnico Dorival Júnior no banco. Diagnosticado com a covid-19, ele foi substituído pelo auxiliar (e filho) Lucas Silvestre.
Colorado tropeça, Galo agradece
Se o Atlético-MG, novo líder do Brasileirão, comemorou o tropeço do Athletico em Santos (SP), celebrou também a derrota do Internacional para o Fluminense, de virada, por 2 a 1. O Colorado, que podia assumir a ponta se vencesse, saiu na frente com o atacante Paolo Guerrero, mas, o meia Nenê marcou duas vezes, de pênalti, o segundo deles assinalado com auxílio do árbitro de vídeo (VAR), garantindo a primeira vitória do Tricolor na competição.
Assim como na Vila, houve desfalque no banco, já que Odair Hellmann foi afastado da partida por suspeita de contaminação pela covid-19. Em nota, o Fluminense explicou que o técnico realizou três testes, entre os dias 6 e 13 de agosto. No do dia 9, o exame sorológico deu negativo, mas, o PCR foi positivo, o que levou o treinador a fazer mais um teste. Apesar do último resultado não constatar o vírus, Odair foi impedido de dirigir o time carioca no domingo. O clube informou que o comandante estará de volta na próxima rodada.
O VAR também entrou em cena no empate por 1 a 1 entre Atlético-GO e Sport, em Goiânia. Embalado pela vitória por 3 a 0 sobre o Flamengo, na última quarta-feira (12), o Dragão abriu o placar com o meia Jorginho, que também havia balançado as redes na rodada anterior. Na etapa final, o árbitro de vídeo foi acionado após o zagueiro Iago Maidana empatar nos acréscimos - a tecnologia confirmou que o defensor estava em posição legal e validou o lance.
Fortaleza e Botafogo também ficaram no empate no Castelão, mas, em 0 a 0. O Alvinegro saiu na bronca com o árbitro Marielson Alves Silva, pela não marcação de um pênalti, aos 34 minutos do primeiro tempo, do lateral Gabriel Dias no meia Bruno Nazário. O atacante David, do Leão, desperdiçou a melhor chance ao errar um cabeceio perto da pequena área, aos 18 da etapa final.
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