O Ministério Público de Madri pediu quatro anos de prisão para os quatro torcedores do Atlético de Madrid acusados de enforcar em uma ponte um boneco que representava Vinícius Júnior, do Real Madrid, em janeiro deste ano. Os homens foram identificados como membros da Frente Atlético, grupo de ultras identificados ideologicamente com a extrema direita, conforme destacado pelo próprio MP.
Os torcedores foram enquadrados em denúncias por delito de ameaça e por agir contra os direitos fundamentais e liberdades públicas. Além do pedido de prisão, o MP pede que eles paguem uma indenização conjunta de 6 mil euros por danos morais ao atacante brasileiro, constantemente vítima de racismo praticado por torcidas rivais do Real Madrid.
O caso ocorreu na madrugada do dia 26 de janeiro, antes da vitória por 3 a 1 do Real sobre o Atlético, em jogo das quartas de final da Copa do Rei, no Santiago Bernabéu. O boneco inflável pendurado na ponte foi vestido com uma camisa do time merengue, representava uma pessoa negra e tinha o nome de Vinícius às costas, ato visto pelo MP "como sinal inequívoco de desprezo e rejeição à cor da pele da vítima". Acima dele, foi estendida uma faixa com a mensagem: "Madri odeia o Real".
Um dos torcedores, identificado pela sigla A.B.R na acusação, chegou a publicar uma foto do ato em sua página no "X", rede social antes conhecida como Twitter. Ele ainda publicou uma segunda foto, do momento em que ainda não haviam pendurado o boneco, e ironizou escrevendo: "Somos todos Vini".
Os quatro acusados estão proibidos de frequentar o raio de 100 metros dos estádios Santiago Bernabéu, do Real, e Civitas Metropolitano, do Atlético, durante dias de jogo. Também têm de permanecer a 1 km de distância dos demais estádios de times que disputem o Campeonato Espanhol.
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