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Mesmo sem F-1, Rio Motorsports diz que projeto do autódromo no Rio continuará

O anúncio oficial da Fórmula 1 de que o GP brasileiro da categoria continuará em São Paulo pelos próximos anos não vai alterar o plano do Rio de Janeiro de construir um autódromo. O diretor executivo do consórcio Rio Motosports, JR Pereira, disse ao Estad

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.12.2020, 17:00:00 Editado em 17.12.2020, 17:08:18
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O anúncio oficial da Fórmula 1 de que o GP brasileiro da categoria continuará em São Paulo pelos próximos anos não vai alterar o plano do Rio de Janeiro de construir um autódromo. O diretor executivo do consórcio Rio Motosports, JR Pereira, disse ao Estadão que o empreendimento é viável financeiramente mesmo sem receber etapas da Fórmula 1 e afirmou que obstáculos gerados pela pandemia do novo coronavírus e por mudanças políticas no Rio prejudicaram o andamento da negociação.

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Nos últimos anos, São Paulo e Rio de Janeiro negociaram com a Fórmula 1 para definir quem seria a sede brasileira das etapas da categoria a partir de 2021. Mesmo que a candidatura paulista tenha levado a melhor e fechado um contrato de cinco anos, o responsável pelo consórcio carioca garante que isso não afeta a proposta. "O anúncio não muda absolutamente nada em relação ao projeto do Rio. Até porque a lucratividade que a gente trabalha para os investidores não depende de trazer a prova da Fórmula 1. Teremos outras provas e a grande diferenciação do nosso autódromo é que somos voltados para a parte de inovação e tecnologia. Seremos um autódromo industrial", explicou em entrevista por telefone.

A proposta do Rio de Janeiro é construir um autódromo no valor de R$ 700 milhões em Deodoro. A obra não teve início pela falta de licenças ambientais. No último mês, a Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), do Rio, pediu para que o estudo de impacto ambiental do empreendimento passasse por correções. Segundo ambientalistas, a área onde o autódromo tem previsão de ser construído abriga espécies raras de animais e plantas.

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O intuito do consórcio é retomar o andamento desse processo burocrático em janeiro, obter a licença prévia e iniciar as obras para em 2022 poder receber uma etapa do Mundial de MotoGP. O contrato já está assinado. JR Pereira afirmou que a pandemia causou um grande atraso para o empreendimento, pois estava prevista para março a realização de uma audiência pública sobre o projeto. O encontro só foi realizado de forma virtual em agosto.

Além disso, o empresário disse que mudanças políticas dificultaram demais o andamento para que o autódromo pudesse ficar pronto a tempo de receber a Fórmula 1 ano que vem. "Durante esse período todo de análise de projeto, passamos por uns três ou quatro Secretários de Meio Ambiente e três ou quatro presidentes do órgão licenciador (Instituto Estadual do Ambiente, o Inea). Você acaba tendo de reapresentar o projeto novamente, o novo representante aparece com muitas dúvidas e você precisa esclarecer", explicou. "Essas mudanças políticas e a covid-19 foram fatores que nos 'comeram' oito a nove meses de burocracia", comentou.

A proposta do Rio de Janeiro era conseguir a partir de leis de isenção fiscal e da venda de ingressos VIPs pagar para a Fórmula 1 uma taxa anual de promoção acima de R$ 300 milhões. A categoria chegou em agosto a enviar uma carta ao governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, com o recado de que aguardava a emissão das licenças ambientais para oficializar o acordo. Porém, o processo não evoluiu.

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Enquanto a falta licença ambiental travou o autódromo do Rio, São Paulo vive uma situação similar. O Estadão revelou na última semana que o autódromo não tem licença ambiental de operação. Apesar de ter sido construído antes de leis ambientais e de a Prefeitura alegar que o documento não é necessário, especialistas ouvidos pela reportagem apontaram que a situação é irregular.

Questionado sobre essa situação, Pereira afirmou que pela Fórmula 1 ter um projeto para neutralização das emissões de carbono seria injusto disputar uma prova em um autódromo que não tenha licença de operação ambiental. "Não quero parecer pessimista ou reclamar, mas de forma técnica acredito que haverá contestações sobre a licença ambiental. Caso não exista a licença ambiental, acho difícil por questão de compliance a Fórmula 1 e a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) correrem em um autódromo sem essa licença expedida", disse.

DIREITOS DE TRANSMISSÃO - Fora negociar a realização do GP, a Rio Motorsports chegou a fechar com a MotoGP e a Fórmula 1 a compra dos direitos de transmissão. No entanto, meses depois a empresa alegou problemas econômicos e desfez os acordos. No caso da MotoGP, a Disney fechou a compra e exibiu as provas deste ano na Fox Sports. Os direitos da F-1 ainda estão em negociação por diferentes canais.

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