A seleção brasileira de futsal volta à quadra nesta terça-feira para seu segundo jogo na Copa do Mundo, diante da Croácia, no Complexo Esportivo de Bucara, no Usbequistão, em data especial para o técnico Marquinhos Xavier, que completará 100 jogos no comando da equipe. Multicampeão, com 10 títulos e incrível aproveitamento de 86,53%, o comandante tenta conquistar o inédito título do torneio.
Desde 2017 no comando da equipe, justamente para reorganizar a seleção um ano após a queda na Copa do Mundo da Colômbia, o treinador esteve na direção da equipe na competição da Lituânia, onde o Brasil teve uma campanha bacana, apesar da terceira colocação, fechando como o artilheiro (Ferrão, com 9 gols) e dona do melhor ataque (18 gols).
Agora o treinador vê a equipe muito mais madura e pronta para recuperar a hegemonia do futsal mundial após 12 anos sem o título da Copa do Mundo. Ele faz uma retrospectiva deste período na seleção e vê a reformulação do time como vital para a volta dos resultados.
"O mais importante foi a necessidade de uma renovação. A gente termina o ciclo de 2016, o Mundial na Colômbia, com uma necessidade muito evidente de que nós precisamos preparar esse terreno", reconhece. "E a gente vai buscar isso no ciclo de 2017 até o Mundial de 2021. A gente debuta dos 16 atletas que jogaram o Mundial de 2021, 12 deles estavam disputando pela primeira vez, então a gente dá o primeiro passo nessa renovação", explica, antes de celebrar que tudo vem dando certo.
"E hoje a gente tem aí a possibilidade de dar o segundo passo, já ter uma seleção mais experiente, com uma vivência um pouco maior", diz. "Então esse salto, por meio dos números também, que eu acho que a gente tem que sempre se balizar por isso, eles demonstram que há uma evolução não só de estrutura, mas de mentalidade", continua. A estreias mostrou que a seleção vem forte, após 10 a 0 em Cuba.
Antes de encarar a Croácia nesta terça-feira, Marquinhos tem 83 vitórias, oito empates e apenas oito derrotas dirigindo o Brasil, números significativas, mas na visão do técnico, que representam o duro trabalho.
"É uma tarefa difícil, porque tem muito trabalho nesse meio todo, nesse intervalo de mudanças de ciclo de um para o outro. Tem uma gama enorme de pessoas que contribuíram muito para que isso acontecesse", afirma. "Eu acho que tem uma visão desenvolvimentista dentro de todo esse trajeto. Para mim, a seleção é isso. É uma referência de desenvolvimento para os clubes, para os profissionais que trabalham em clubes. Então os números impactam no primeiro momento, mas no segundo momento eles têm um propósito que eu acho que é o mais importante: o desempenho da equipe."
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