Marcelo Campos Pinto, fundador da Sportsview, afirmou, em entrevista ao jornal esportivo Lance!, que a pirataria tem sido um problema combatido com recorrência nas transmissões do Campeonato Carioca, também transmitido pela internet. Segundo ele, no sistema “pague para ver”, apenas nas primeiras rodadas do Cariocão, foram derrubadas mais de mil exibições ilegais no Facebook e no Instagram, além de outras 400 no YouTube.
“Esse é um problema que estamos combatendo diariamente, porque é péssimo para todos: clubes e empresas parceiras, entre outros. Estamos atacando em três frentes: tecnologia, campanha de conscientização e jurídica”, afirma Marcelo Campos Pinto, responsável pela reformulação do Campeonato Carioca: agora, a competição pode ser assistida pelos torcedores em TV aberta, TV fechada, pela internet, no smartphone, tablet e/ou computador.
Marcelo Campos Pinto explica que a pirataria afeta diretamente os recursos dos times.
“Temos trabalhado com os clubes para lançarmos uma campanha que mostre aos torcedores que a pirataria tira recursos do seu clube de coração, um recurso que faz falta na hora da contratação de um reforço, por exemplo. Agora, eles [times] ficam com 65% do valor da venda do PPV líquido de impostos.
Ou seja, o maior prejudicado com a pirataria são os clubes”, explica o fundador da Sportsview, que assegura: “da nossa parte, trabalhamos para reduzir o preço do produto para o torcedor, de forma a torná-lo mais acessível, e temos certeza que os torcedores farão sua parte assinando o produto oficial”.
Após as mudanças na forma de transmissão, o Cariocão soma 200 mil assinantes: número considerado bastante expressivo por ser uma mudança nos hábitos dos consumidores em um período tão curto de tempo. “Durante décadas o consumidor do produto futebol se habituou a comprar todos os produtos num só fornecedor, a Globo.
O futebol passou a ser distribuído por outros veículos, Libertadores no SBT, na FOX Sports, e com pay-per-view
A partir do ano passado o futebol passou a ser distribuído por outros veículos, Libertadores no SBT, na FOX Sports, e com pay-per-view sendo vendido pela dupla Claro / Sky, apenas para citar o exemplo mais importante. Nós tivemos apenas um mês para comunicar a mudança aos consumidores, um prazo tecnicamente muito curto. Ainda assim estamos próximos da meta para esse ano, que é de 250 mil assinaturas”, comemora Marcelo Campos Pinto.
Para ele, o modelo de pay-per-view do Cariocão hoje é muito mais atrativo, tanto para torcedores quanto para clubes, justamente pelos valores.
“O público tem um produto mais acessível, pagando cerca de 30% a menos do que o preço cobrado até o ano passado. Além disso, o produto passou a ser ofertado também pelos próprios clubes, o que é uma revolução e parte da nossa estratégia de colocar o Cariocão na vanguarda das transformações que acontecem neste setor”, explica Marcelo Campos Pinto.
Com isso, destaca, “os clubes ampliaram a sua fatia de receitas sobre as vendas do PPV. Até o ano passado, com o Premiere, eles ficavam com apenas 44% da mensalidade líquida de impostos, e agora passam a ficar com cerca de 65%. É um ganho extraordinário de praticamente 50%”.
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