A contratação de Lorenzo Insigne pelo Toronto FC tem levado a Major League Soccer às manchetes de todo o mundo. O atacante italiano, destaque das apostas esportivas, aceitou um salário altíssimo e a possibilidade de morar em uma das melhores cidades da América do Norte. A chegada de Insigne à MLS é uma das transferências mais espetaculares nos quase 30 anos de competição.
Grandes jogadores sul-americanos como o colombiano Carlos Valderrama e o boliviano Marco Etcheverry abriram o caminho na profissionalização da MLS em meados dos anos 90. Esse trajeto foi explorado alguns anos mais tarde por futebolistas como o argentino Guillermo Barros Schelotto e o mexicano Cuauhtémoc Blanco.
Todos eles deram visibilidade no continente a uma liga que, até então, era considerada menor ou artificial. Como resultado desse movimento, a experiência trazida de grandes clubes americanos ou europeus e em competições como Copas do Mundo e Copa Libertadores elevou o nível da MLS e, aos poucos, chamou a atenção de contratações com perfil mais badalado. Houve, até mesmo, a “volta” de futebolistas estadunidenses com trajetória na Europa, como Michael Bradley, Dwayne de Rosario e, principalmente, Landon Donovan.
De Valderrama a Beckham, a mudança na MLS
A chegada de Donovan, MVP da MLS e que dá nome ao troféu para o melhor jogador da competição, foi um sucesso para o Los Angeles Galaxy, franquia em que dividiu vestiário com Robbie Keane, outra das grandes contratações da MLS na história. A equipe californiana, porém, conseguiria a grande bomba do mercado da MLS com a chegada de David Beckham.
O futebolista inglês deu o pulo definitivo que a MLS precisava. Beckham atraiu o interesse da mídia e de um público que era cético com o soccer. Seguindo o caminho aberto pelo ex-Manchester United, chegou seu compatriota Steven Gerrard para uma breve etapa, mas Beckham abriu as portas para grandes jogadores europeus que tiveram um grande impacto na MLS.
Wayne Rooney e Andrea Pirlo, os dois no final de suas lendárias carreiras, tiveram etapas discretas no futebol estadunidense. No entanto, Thierry Henry, David Villa, Sebastian Giovinco e Zlatan Ibrahimovic deixaram várias amostras da sua qualidade na MLS. O italiano Giovinco foi MVP da competição e campeão com Toronto FC, e o espanhol Villa se tornou um dos grandes goleadores da MLS no New York City FC.
Vários MVPs estrangeiros na MLS
Nas últimas temporadas, a Major League Soccer tem se tornado uma fonte de talento jovem, tanto local como centro e sul americano. Mas isso não impediu o New England Revolutions contratar Carles Gil, da Espanha, que se tornou o MVP da última temporada. O ex-Deportivo de La Coruña marca o caminho para Lorenzo Insigne, chamado a ser o melhor jogador e, até mesmo, ser considerado uma das melhores contratações da história da MLS.
Agora, o jogador da seleção italiana, com 30 anos, deixa o Napoli, onde era ídolo da torcida, para uma aventura americana que lhe renderá mais de 10 milhões de dólares mensais. Em busca de um novo título da MLS, o Toronto FC investiu forte em Lorenzo Insigne. Seu sucesso ou fracasso pode alterar o jeito em que a liga estadunidense contrata jogadores europeus ou que passaram pelas competições do Velho Continente.
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