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Hamilton garante que nem a FIA o fará parar com os protestos

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) considerou político o ato de protesto de Lewis Hamilton no pódio do GP da Toscana de Fórmula 1. O inglês já imagina que a entidade vá criar regras para proibir suas manifestações antirracistas, mesmo assim

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.09.2020, 15:17:00 Editado em 24.09.2020, 15:23:03
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A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) considerou político o ato de protesto de Lewis Hamilton no pódio do GP da Toscana de Fórmula 1. O inglês já imagina que a entidade vá criar regras para proibir suas manifestações antirracistas, mesmo assim o piloto da Mercedes garante que nada o fará parar.

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De acordo com a emissora britânica BBC, a FIA se considera uma organização não política e avalia uma possível quebra de protocolo do piloto em relação a suas regras. Hamilton vestiu uma camiseta, no pódio, com os dizeres: "Prendam os policiais que mataram Breonna Taylor". Policiais invadiram a casa da jovem negra de 26 anos, no Kentucky, atrás de um ex-namorado e, mesmo ela sendo inocente, a mataram com oito disparos.

Hamilton garantiu em entrevista nessa quinta-feira, antes do GP da Rússia, em Sochi, que não mudará sua postura. "Eu não me arrependo de nenhum momento, coloco meu coração no que acredito ser certo", afirmou o piloto. "As pessoas falam sobre esporte não ser lugar para política, mas essa é uma questão de direitos humanos", seguiu.

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O inglês ainda exemplificou seus protestos, antes de mandar uma resposta direta à FIA.

"Falar sobre direção segura no trânsito também é um exemplo de direitos humanos. Ouvi que eles vão vir com algum tipo de regra, mas muitas regras já foram feitas pra mim nos últimos anos e isso não me parou", disparou.

Hamilton já vem realizando atos de protestos antirracistas ao longo de toda a temporada. Mas nunca havia utilizado uma camiseta, como fez na Itália.

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Único negro na modalidade, Hamilton vem lutando para mudar essa história. "Desde que comecei minha carreira profissional em corridas de Fórmula 1, há 14 anos, fui o primeiro piloto de cor e até hoje, infelizmente, ainda é o caso", disse. "No entanto, o que é mais preocupante é que ainda há muito poucas pessoas de cor no esporte como um todo."

O inglês criou uma comissão com 14 pessoas importantes de seu país para tentar derrubar essas barreiras. "Na F-1, nossas equipes são muito maiores do que os atletas à sua frente, mas a representação é insuficiente em todas as habilidades - da garagem aos engenheiros nas fábricas e departamentos de design. A mudança não está chegando rápido o suficiente, e precisamos saber o porquê".

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