A Fórmula E realizou neste sábado, no Complexo do Anhembi, a sua edição do E-Prix de São Paulo. Com uma organização aperfeiçoada em relação ao evento de 2023, a prova contou com diversas atividades para os fãs que puderam acompanhar os carros elétricos chegarem a mais de 300 km/h na reta do Sambódromo. Na corrida, disputas parelhas e vitória do britânico Sam Bird, da McLaren. Os brasileiros Lucas di Grassi, da ABT, e Sérgio Sette Câmara, da ERT, ficaram em 13º e 16º, respectivamente.
O E-Prix contou com presenças ilustres comuns no cenário da Fórmula 1. O bicampeão Emerson Fittipaldi, Felipe Massa - que trava batalha judicial pelo reconhecimento do título mundial de 2008 - e o antigo chefão da F-1, Bernie Ecclestone, estiveram no Anhembi. Antes de os carros acelerarem para a prova, houve um minuto de silêncio em homenagem a Wilsinho Fittipaldi, que morreu em fevereiro, aos 80 anos.
A largada da prova foi limpa, mas a disputa pelas primeiras posições foi bastante intensa. Os carros estiveram muito próximos. As entradas do safety car para retirar pedaços de carro da pista e após o abandono do neozelandês Nick Cassidy, da Jaguar - que acertou o muro após a quebra do bico do carro -, contribuíram para esse equilíbrio. Houve diversas trocas de liderança: Wehrlein, Da Costa, Bird e Evans conduziram o pelotão único.
Na parte final da prova, dois carros começaram a se desgarrar na dianteira: Mitch Evans, da Jaguar, e Sam Bird, da McLaren. Bird tentou de todas as formas atacar Evans para tomar a liderança. Nas últimas curvas, o britânico mostrou muita técnica, deixou o neozelandês para trás e ficou com a vitória. O britânico Oliver Rowland, da Nissan, fechou o pódio.
BALÃO NA PISTA, EMOÇÃO NA POLE E ATIVIDADES PARA O PÚBLICO
O início do treino classificatório foi interrompido por causa inusitada, mas bastante frequente em São Paulo. Um balão caiu na pista e precisou ser retirado pelas equipes de segurança. Soltar balão é proibido por lei e a pena varia de um a três anos de prisão. Outro agravante é a proximidade com o aeroporto Campo de Marte, que é vizinho ao sambódromo.
A definição da pole position contou com emoção. Em um sistema mata-mata, chegaram à final o belga Stoffel Vandoorne, da DS Penske, e o alemão Pascal Wehrlein, da Porsche. Quem levou a melhor foi o alemão por incríveis dois milésimos de segundo. Lucas di Grassi, da ABT, ficou com a 15ª posição no grid, enquanto Sérgio Sette Câmara, da ERT, partiu do 19º lugar.
As duas primeiras sessões do dia (treino livre e classificatório) contaram com arquibancadas esvaziadas no Anhembi. Aos poucos o público foi chegando ao evento e aproveitando as diversas ativações presentes no Fan Village montado às costas das arquibancadas.
Comparada à primeira edição, o segundo E-Prix de São Paulo contou com melhores acomodações para os fãs. Com água distribuída gratuitamente, totens para recarga do telefone, exposição de itens dos pilotos e uma maior fartura de food trucks, bares e lanchonetes que serviam hambúrgueres, minipizza, pastéis, lanches, sobremesas, cervejas, energéticos, refrigerantes, comidas vegetarianas e outras opções. O lanche mais barato era o cachorro quente, que saía por R$ 28, já uma gin tônica foi vendida por R$ 32.
Um dos espaços mais concorridos do Fan Village foi uma loja para compra de itens dos pilotos e das equipes. Uma fila foi formada para coordenar a entrada e saída de pessoas, que podiam comprar camisetas e bonés por exemplo. Havia também espaço para adultos e crianças se divertirem. Fez sucesso um autorama movido a pedaladas. Quatro pessoas pedalavam em bicicletas estáticas para mover luzes que simulavam os carrinhos na pista. Outro ponto elogiado foi a possibilidade de parte do público participar de uma sessão de autógrafos com os pilotos, uma proximidade que não se vê em outras categorias, como a Fórmula 1.
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