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Fittipaldi se candidata ao Senado na Itália por partido de extrema direita

Bicampeão mundial de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi quer entrar para a política. Mas seu objetivo não é trabalhar em Brasília. A lenda do automobilismo nacional se candidatou ao Senado da Itália, que conta com eleições parlamentares em setembro. Fittipaldi

Felipe Rosa Mendes (via Agência Estado)

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Escrito por Felipe Rosa Mendes (via Agência Estado)
Publicado em 15.08.2022, 10:22:00 Editado em 15.08.2022, 10:26:10
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Bicampeão mundial de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi quer entrar para a política. Mas seu objetivo não é trabalhar em Brasília. A lenda do automobilismo nacional se candidatou ao Senado da Itália, que conta com eleições parlamentares em setembro. Fittipaldi vai concorrer a um lugar no Parlamento Italiano pelo partido Fratelli d'Italia, considerado de extrema direita.

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O ex-piloto de 75 anos tomou a decisão na quinta-feira passada, após longo telefonema com Giorgia Meloni. A líder do partido tem chances reais de se tornar a nova primeira-ministra da Itália nas eleições de setembro. Considerada controversa, ela já disse ser admiradora do ex-ditador Benito Mussolini e pode se tornar a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe de governo na Itália.

Fittipaldi é brasileiro, nascido em São Paulo, mas tem sangue italiano nas veias. Seu pai, Wilson Fittipaldi, mais conhecido como "Barão", também nasceu em solo nacional, mas era filho de imigrantes italianos e tinha a cidadania do país europeu, permitindo a Emerson fazer o mesmo. O lado italiano da família do bicampeão de F-1 é originário de Trecchina, cidade com pouco mais de 2.500 habitantes, na província de Potenza.

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Nas eleições parlamentares da Itália, Emerson Fittipaldi vai apoiar o candidato à reeleição na Câmara, Luis Roberto Lorenzato, do Lega Nord (Liga Norte), outro partido de direita. De acordo com o periódico italiano Il Giornale, o ex-piloto recebeu o apoio do presidente Jair Bolsonaro para sua candidatura na Itália. Fittipaldi demonstrou apoio público a Bolsonaro na eleição de 2018.

Na Itália, o brasileiro já anunciou propostas ligadas ao esporte e à obtenção de cidadania italiana. "Estou muito feliz em concorrer ao Senado Italiano por meio das eleições parlamentares de setembro. Já tenho várias propostas desenhadas e todas elas têm como objetivo promover ações ligadas aos brasileiros em terras italianas, tanto ligadas à cultura quanto ao esporte. Espero ter o apoio dos cidadãos ítalo-brasileiros e dos meus queridos amigos da América do Sul", comentou Fittipaldi.

Ele promete defender o Direito de Sangue da Cidadania Italiana "IUS SANGUINIS", que estaria sob ameaça, ao tentar inclui-lo na Constituição Italiana. Neste contexto, Fittipaldi quer agilizar a aceitação e a obtenção de cidadania italiana para atletas de outros países que competem esportivamente no país europeu.

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O ex-piloto pretende aproximar os descendentes de italianos que moram no Brasil e na América do Sul do país europeu, com "políticas e projetos de desenvolvimento da atividade através dos fundos de apoio ao atleta e desporte tanto da Itália como da União Europeia". Nesta integração, a ideia é criar campeonatos na Itália para atletas com descendência italiana que moram fora do país.

Fora do ambiente esportivo, Fittipaldi quer obter o reconhecimento automático de diplomas dos ítalo-brasileiros e da América do Sul na Itália. Na área da educação, pretende até criar uma universidade para acolher descendentes italianos que estão espalhados pelo mundo.

CRISE FINANCEIRA

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Nos últimos anos, o ex-piloto se tornou notícias por dificuldades financeiras, principalmente por conta de dívidas que surgiram quando organizou a prova Seis horas de São Paulo, disputada no Autódromo de Interlagos, em 2012.

Em junho, a Justiça de São Paulo decidiu pela penhora de bens como carros e troféus por uma dívida com a empresa Sax Logística de Shows e Eventos. Ela havia sido contratada para prestar serviços na prova de automobilismo. Alguns dos bens incluem o carro Copersucar 1976, da Escuderia Fittipaldi, a única equipe brasileira da história da Fórmula 1.

Em 2020, concedeu entrevista ao Estadão em que não revelava o valor da dívida contraída, mas dizia estar confiante em resolver os problemas financeiros. "Vou liquidar tudo, não tenho medo. Estou trabalhando muito", disse à época.

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