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Festa pelo tri mundial da Argentina deixa rastro de destruição em Buenos Aires

A festa da torcida argentina pela comemoração da conquista da Copa do Mundo do Catar deixou um rastro de destruição pelas ruas de Buenos Aires. Nesta quarta-feira, a capital do país amanheceu com muros pichados, calçadas danificadas, além de semáforos e p

Rodrigo Sampaio (via Agência Estado)

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Escrito por Rodrigo Sampaio (via Agência Estado)
Publicado em 21.12.2022, 15:13:00 Editado em 21.12.2022, 15:19:34
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A festa da torcida argentina pela comemoração da conquista da Copa do Mundo do Catar deixou um rastro de destruição pelas ruas de Buenos Aires. Nesta quarta-feira, a capital do país amanheceu com muros pichados, calçadas danificadas, além de semáforos e pontos de ônibus quebrados. O governo da Argentina ainda não divulgou o valor do prejuízo. Estima-se que cerca de cinco a seis milhões de pessoas se reuniram para saudar o time de Lionel Messi, que desfilou em carro aberto na terça.

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O símbolo de toda a desordem foram os vandalismos no Obelisco de Buenos Aires, localizado na Praça da República, junto à Avenida 9 de Julho. O monumento histórico, construído na década de 1930 para comemorar os 400 anos de fundação da cidade, foi invadido por torcedores, que subiram ao topo para se pendurar pelas janelas, a 67 metros de altura. O local também foi pichado e um letreiro com a sigla B.A. foi alvo dos ataques.

Grades que protegiam a entrada do Obelisco já haviam sido violadas por torcedores no domingo, durante a comemoração do título pela Argentina. Segundo o jornal argentino Clarín, a prefeitura de Buenos Aires decidiu retirar o que sobrou das grades e soldar o portão de entrada, mas ele teria sido aberto a marretadas. Quatro invasores foram detidos.

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A arruaça também causou prejuízo a comerciantes da região. Bancas de jornal foram pichadas e restaurantes da Avenida 9 de Julho tiveram suas janelas atingidas por pedras. Roubos, furtos e saques na região central da cidade também foram registrados. A quantidade de lixo espalhado pelas ruas também chamou a atenção de quem circulou por Buenos Aires na manhã seguinte à celebração.

No fim da noite desta terça-feira, policiais entraram em ação para encerrar a festa dos argentinos e houve confusão. Pedras e garrafas foram atiradas na direção dos agentes de segurança, que revidaram com bombas de gás lacrimogêneo e tiros com balas de borracha. Ao menos 14 pessoas foram detidas e cerca de 64 pessoas ficaram feridas. A polícia atendeu cerca de 795 chamadas para atendimentos médicos e busca por informações de pessoas perdidas.

DESVIO DE ROTA

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A seleção argentina previa se deslocar do Centro de Treinamento da Associação do Futebol Argentino (AFA), na região de Ezeiza, próxima ao aeroporto, rumo à região central de Buenos Aires, um trajeto de cerca de 70 km, na terça-feira. A concentração de pessoas foi tão grande que o ônibus que levava Messi e companhia precisou mudar de rota, cancelando a passagem pela Praça da República e, posteriormente, pela Casa Rosada. Os jogadores precisaram ser levados de helicóptero de volta para o CT da Argentina.

O presidente da AFA, Claudio Tapia, pediu desculpas aos torcedores que se deslocaram até o local para saudar os campeões mundiais. "Não nos deixaram chegar para cumprimentar todas as pessoas que estavam no Obelisco. Os mesmos órgãos de segurança que nos escoltaram, não nos deixaram seguir em frente. Mil desculpas em nome de todos os jogadores campeões do mundo. Uma pena", publicou o dirigente, em sua conta no Twitter.

O governo argentino defendeu nesta quarta a operação desencadeada durante a caravana da seleção argentina a Buenos Aires esta terça-feira, considerando que "foram tomadas as melhores decisões para que não houvesse violência institucional".

Em declarações à imprensa, o ministro da Segurança argentino, Aníbal Fernández, reivindicou a decisão de retirar os jogadores do ônibus em que estavam e transportá-los de helicóptero, em meio a um grande fluxo de pessoas que retardou o avanço da expedição alviceleste. "Nossa vocação era o cuidado com os jogadores. Quando chegou a hora, entendemos que não podíamos seguir em frente e que era uma loucura continuar insistindo no mesmo lugar. É por isso que tomamos a decisão de colocar os helicópteros para que possam saudar todas as pessoas", disse.

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