A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) decidiu implementar mudanças em seus procedimentos de segurança após as reclamações de falta de segurança no GP do Japão deste ano, disputado no dia 9 de outubro. Durante a corrida, atrapalhada pela chuva em Suzuka, um guindaste foi enviado à pista para socorrer a Ferrari de Carlos Sainz, ato questionado por vários pilotos, pois remeteu ao cenário do último acidente fatal da categoria.
Em 2014, o francês Jules Bianchi bateu em alta velocidade em um guindaste que retirava outro carro da pista, justamente no Circuito de Suzuka. Após nove meses internado, morreu em julho de 2015, aos 25 anos. "Em 2014, perdemos Jules por um acidente semelhante e deixamos muito claro para a FIA que não queremos isso, e acho que eles entenderam", disse o ferrarista Charles Leclerc na quinta-feira, já em Austin para o GP dos Estados Unidos.
Após o incidente envolvendo Sainz há duas semanas, a FIA promoveu ações como uma reunião entre o presidente Mohammed Ben Sulayem e os pilotos George Russel, diretor da Associação de Pilotos, e Pierry Gasly, que passou perto do guindaste. De acordo com a Fia, a AlphaTauri de Gasly não foi "detectada imediatamente" durante o resgate à Ferrari.
"O painel de revisão reconheceu que ter guindastes de recuperação na pista em Suzuka diante de tais condições climáticas é um assunto delicado em vista dos trágicos incidentes do passado", disse a FIA em comunicado. "O painel determinou que, em retrospectiva, como as condições climáticas estavam mudando, teria sido prudente atrasar a decisão de enviar veículos de recuperação à pista."
A partir de agora, as equipes serão notificadas quando um guindaste de recuperação estiver a caminho e terão a obrigação de informar os pilotos. Além disso, haverá um sistema de monitoramento do status dos carros na pista, atrás do Safety Car e nos boxes, e as tarefas entre da equipe de Controle de Corrida serão melhor distribuídas. Outra medida será avaliação da atual distribuição e construção dos painéis publicitários para evitar o risco de que eles sejam atirados à pista.
Deixe seu comentário sobre: "Falta de segurança no GP do Japão faz FIA reformular procedimentos na F-1"