O chefe da Mercedes, Toto Wolff, afirmou que os pilotos Lewis Hamilton e George Russell apresentaram um quadro de hipertermia, um aumento da temperatura corporal devido ao calor e à umidade, ao fim do GP de Cingapura, e que por esta razão eles não compareceram à coletiva de imprensa da Fórmula 1 após a corrida.
Com a autorização da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), órgão organizador do Mundial, os pilotos foram diretamente cuidar da saúde ao saírem exaustos de seus carros, após as 62 voltas no circuito de Marina Bay. Durante a prova, Russell chegou a comparar, pelo rádio, seu cockpit a uma sauna.
"Ambos estão sofrendo de hipertermia, mas estão bem agora. Eles se colocaram em banhos de gelo e acho que isso ajudou um pouco", afirmou Wolff ao site especializado Motorsport.
Hamilton terminou em sexto lugar, partindo do terceiro posto no grid. Russell recebeu a bandeirada em quarto, mas um minuto atrás do vencedor, Lando Norris, da McLaren. Toto Wolff lamentou as escolhas equivocadas tomadas pela Mercedes, especialmente em relação aos compostos usados pelo heptacampeão.
"Tomamos uma decisão com base nas corridas históricas de Cingapura, onde é basicamente uma procissão, como em Mônaco. Achamos que os pneus macios dariam uma oportunidade a Hamilton na largada", disse Wolff. "Essa foi praticamente a única oportunidade de ultrapassagem. Foi a decisão errada que todos tomamos juntos."
O chefe da equipe admitiu a dificuldade da Mercedes em pistas quentes e com tração difícil. "Foi uma noite dolorosa. Não é o que esperamos de nós mesmos, porque se o seu carro mais rápido estiver um minuto atrás do líder da prova, será difícil aceitar", comentou Toto Wolff.
Assim, a lacuna no calendário até a etapa dos Estados Unidos, em Austin, no dia 20 de outubro, veio em um bom momento para a equipe tentar acertar seus carros.
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