A briga entre palmeirenses e flamenguistas no entorno do Allianz Parque que resultou na morte da torcedora Gabriele Anelli Marchiano após ser atingida por estilhaços de uma garrafa de vidro no último sábado fez a prefeitura de São Paulo reforçar a comerciantes a proibição de venda de bebidas alcoólicas em garrafas de vidro.
Na quarta, a Subprefeitura da Lapa enviou para donos de comércios nos arredores do Allianz Parque uma notificação assinada pelo subprefeito Ismar Marcilio de Freitas Neto para salientar a proibição da venda, comercialização e distribuição de bebidas alcoólicas num raio de 200 metros do estádio em dias de jogos.
Nesta quinta, horas antes de Palmeiras e São Paulo decidirem quem avança à semifinal da Copa do Brasil, o que se viu nas ruas que cercam a arena palmeirense, incluindo a Palestra Itália, que dá acesso ao portão principal do estádio, foi a substituição da garrafa pelos copos plásticos nos bares. A cerveja, porém, foi vendida e consumida normalmente.
O Estadão constatou que os mais de 20 estabelecimentos próximos à rua Palestra Itália serviram cerveja aos clientes em copos de plástico. Donos, gerentes e outros funcionários dos bares relataram à reportagem, porém, que não receberam qualquer notificação da prefeitura.
"Não recebi nada, mas já tinha decidido que ia vender em copo plástico", disse Roberto Bacchi, o Caveira, dono da lanchonete homônima na Rua Caraíbas, a poucos metros portão A do estádio. "Quando é final de campeonato, a Polícia geralmente vem aqui dizer pra não usar garrafa. Mas depois em jogo menor ninguém aparece", conta ele.
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