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Entenda por que Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, foi processado por ex-sócio

Abel Ferreira respondeu a um processo na Justiça do Rio Grande do Norte, que já arquivou a ação no início deste ano. O treinador do Palmeiras é um dos sete processados por um ex-sócio de uma empresa do ramo de construção civil com sede em Natal, capital p

(via Agência Estado)

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Publicado em 24.03.2023, 20:38:00 Editado em 24.03.2023, 20:43:36
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Abel Ferreira respondeu a um processo na Justiça do Rio Grande do Norte, que já arquivou a ação no início deste ano. O treinador do Palmeiras é um dos sete processados por um ex-sócio de uma empresa do ramo de construção civil com sede em Natal, capital potiguar.

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O caso foi revelado pelo jornal português "A Bola" nesta sexta-feira. O Estadão teve acesso ao processo, movido por Pedro Gabriel Brandão Barros de Sousa, ex-administrador da empresa Edibrasil Construções Ltda. Na ação, ele afirmou ser sócio de 16,25% da empresa desde 2011. Abel e outros seis português detinham o restante das ações.

Barros de Sousa cobrou de Abel e dos outros sócios mais de R$ 3 milhões na Justiça porque considerou ter sido lesado. O valor é referente a uma indenização e a salários que ele alega não ter recebido. Ele argumentou que foi destituído ilegalmente da administração da empresa e processou os portugueses por danos morais.

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Barros de Sousa alegou não ter sido informado de uma assembleia que ocorreu outubro de 2011 e que alterou o contrato e nomeou Benjamin Jorge Ferreira dos Santos como administrador da sociedade em seu lugar. Ele pediu à Justiça que suspendesse a modificação contratual, anulasse a nomeação de Ferreira dos Santos por "conter indícios claros de fraude" e que a sociedade fosse desfeita.

O juiz do caso, no entanto, não acatou as solicitações. O autor da ação recorreu e perdeu de novo em segunda instância. O desembargador Roberto Francisco Guedes Lima, relator do processo do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, argumentou, em sua decisão, não haver evidência nas alegações de Barros de Sousa, que pode apresentar contestação no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

"Não se evidencia hipótese de dissolução societária que imponha a nomeação de administrador judicial, nem resta demonstrado sequer indício de dilapidação patrimonial que justifique as medidas vindicadas", escreveu o relator, que julgou haver "fragilidade probatória" na ação movida pelo empresário português. Seu voto foi ratificado pelos outros desembargadores.

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O jornal A Bola afirma que Abel e os outros seis sócios responderiam também na esfera criminal por associação criminosa, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, fraude à execução, ocultação de patrimônio e fraude fiscal.

Em nota enviada à reportagem, o treinador do Palmeiras desmentiu a informação publicada pelo jornal português. "É completamente falso que eu tenha sido acusado ou vá ser julgado em qualquer processo crime. Deste modo, qualquer notícia em que seja dito o contrário é completamente falsa e ofensiva da minha imagem e bom nome enquanto pessoa, responsabilizando todos aqueles que a criaram ou a divulgaram", defendeu-se.

O Palmeiras também se posicionou sobre o caso para apoiar o treinador, um "profissional e ser humano de insuspeitos caráter e reputação", nas palavras da agremiação. "O clube manifesta a sua convicção de que a verdade prevalecerá sobre as mentiras veiculadas nesta sexta-feira".

A reportagem tentou contato com Pedro Gabriel Brandão Barros de Sousa, o autor da ação contra Abel, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

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