Seis tenistas brasileiros estão na disputa do US Open, que começou nesta segunda-feira (31) em Nova Iorque (EUA). O aberto norte-americano é um dos quatro principais torneios do circuito mundial, os chamados Grand Slams, e é o primeiro do gênero disputado em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Os primeiros atletas do país a estrear serão Thiago Monteiro e Thiago Wild, representantes nas disputas individuais. Ambos entram em quadra às 12h (horário de Brasília) desta terça-feira (1). Monteiro, número 83 do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP, na sigla em inglês), enfrenta o canadense Félix Auger-Aliassime, 20º do mundo e cabeça de chave número 15. Já Wild, número 113 da ATP, terá pela frente o britânico Dan Evans, 28º do ranking e 23º cabeça de chave.
Os demais brasileiros competem nas duplas. A única representante do tênis feminino do país é Luísa Stefani, 39º do ranking da Associação de Tênis Feminino (WTA, na sigla em inglês), que joga com a norte-americana Hayley Carter, 36º do mundo. A parceria encara as irmãs ucranianas Lyudmyla e Nadiya Kichenok, que ocupam, respectivamente, as posições 35 e 38 da WTA.
Na chave masculina, o Brasil conta com três tenistas. Marcelo Melo e o polonês Lukazs Kubot, que dividem o sétimo lugar do ranking da ATP nas duplas, são os cabeças de chave número dois e estreiam contra os belgas Sander Gillé e Joran Vliegen, que ocupam as posições 36 e 44 do mundo.
Parceiro de Melo na seleção brasileira para as etapas de Copa Davis, Bruno Soares (27º do mundo) e o croata Mate Pavic (17º) medem forças com a forte dupla do argentino Horácio Zeballos (4º) com o espanhol Marcel Granollers (15º). Já Marcelo Demoliner (49º) e o holandês Matwé Middelkoop (62º) enfrentam o francês Nicolas Mahut (3º) e o alemão Jan-Lennard Struff (48º).
Bolha do tênis
Não é só na NBA, liga de basquete masculino norte-americana, que os atletas estão imersos em uma bolha de proteção para evitar o contágio em razão do novo coronavírus. Desde a chegada ao país, os jogadores obedecem a um protocolo sanitário rígido para terem condição de participar do US Open.
“A dinâmica da bolha passa a ser uma rotina que não é tão complicada assim, acaba acostumando. Eu e Lukasz não encostamos mais a mão. Falamos de longe como vamos jogar o ponto. Sentamos mais afastados. Dentro da bolha, está realmente muito seguro, seguindo um protocolo bem restrito. Máscara no restaurante, no vestiário, álcool gel e distanciamento social. Às vezes, até na quadra, eu sinto falta da máscara, desacostumado de ficar sem ela. Mas está tranquilo, os jogadores estão se adaptando muito bem”, explicou Marcelo Melo em comunicado à imprensa.
A pandemia afastou jogadores importantes do circuito, como o espanhol Rafael Nadal e a canadense Bianca Andreescu, atuais campeões de simples, o australiano Nick Kyrgios e a ucraniana Elina Svitolina, que preferiram não se arriscar em Nova Iorque. O francês Benoît Paire, que seria o cabeça de chave número 17 do torneio individual masculino, testou positivo para a covid-19 dentro da bolha, tendo que ficar em isolamento.
A competição ocorre sem a presença de torcedores. No caso das duplas, a chave foi reduzida de 64 para 32 parcerias. “É estranho entrar na quadra e não ter público. A torcida que está sempre presente de uma maneira tão especial, apoiando. Apesar disso, nunca vi tanto jogador feliz de competir novamente. Todo mundo se adaptando a este momento”, analisou Melo.
Deixe seu comentário sobre: "Em meio à bolha, US Open começa com seis brasileiros na disputa"