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Em carta aberta, Corinthians se diz contra volta do futebol

Em uma carta aberta divulgada nesta terça-feira em seu site oficial e em suas redes sociais, o Corinthians se posicionou contra a retomada do futebol no Brasil neste momento em meio à pandemia do novo coronavírus. Assinada pelo presidente Andrés Sanchez,

Da Redação

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Em carta aberta, Corinthians se diz contra volta do futebol
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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.05.2020, 11:07:00 Editado em 26.05.2020, 11:54:00
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Em uma carta aberta divulgada nesta terça-feira em seu site oficial e em suas redes sociais, o Corinthians se posicionou contra a retomada do futebol no Brasil neste momento em meio à pandemia do novo coronavírus. Assinada pelo presidente Andrés Sanchez, o clube diz que é preciso articulação e que o futebol não pode se antecipar ao controle do vírus.

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"Depois de 23 mil mortes causadas pela covid-19, todo debate é menor. Por isso, em nome do Corinthians, manifesto antes nossa solidariedade a cada brasileiro afetado por doença, luto, ou prejuízo profissional. Tudo isso importa", escreveu Sanchez na carta. "E é legítimo que o futebol - como qualquer setor - procure saídas junto ao governo federal e a seus respectivos estados, prefeituras e federações, a fim de impedir um aprofundamento da crise na atividade. É preocupante, porém, que o Brasil viva um cenário muito diferente daqueles países que retomam suas ligas".

O presidente do Corinthians elogia os esforços feitos pela comunidade do futebol brasileiro, mas pede mais diálogo para definir uma melhor forma de as competições serem retomadas.

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"Somos testemunhas dos elogiáveis esforços da CBF, da Federação Paulista de Futebol e de outros clubes. Mas é preciso repensar, de forma ampla, o papel do futebol e sua influência nesse jogo. Na Alemanha, houve diálogo intenso entre todos os agentes políticos e esportivos, e um princípio foi claro para a Bundesliga: o futebol não pode se antecipar ao controle da pandemia. Quando a sociedade confiou no sucesso do combate alinhado entre governo e estados alemães, a Bundesliga finalmente retomou seus jogos em sincronia, no último dia 16. Houve responsabilidade com seu produto, seus astros e seu público", disse.

Sanchez admitiu os impactos da covid-19 nos cofres dos clubes e reconheceu que é hora de se preocupar com vidas, se solidarizando com as famílias que tiveram perdas. "A queda de receitas já obrigou muitos clubes a executar cortes e demissões. O Corinthians tem adotado medidas de austeridade, como a redução temporária de salários e jornada, apoiada na MP 936. Fazemos e refazemos as contas diariamente, mas somos realistas: trata-se da pior epidemia no país nos últimos 100 anos, e nenhuma atividade econômica sairá dessa sem transformações inevitáveis".

"No Corinthians, não será diferente. O que não muda é o nosso compromisso com um futebol forte como carro-chefe e a parte social como tradição, e é para isso que estamos trabalhando. Como também vemos o clube como um veículo capaz de impactar mais de 30 milhões de torcedores via mídias digitais, levamos informação útil e iniciativas solidárias, com o sonho de terminar a pandemia sem nenhum torcedor a menos", prosseguiu o presidente alvinegro.

O dirigente diz ainda que é preciso união entre os clubes. "O futebol brasileiro, porém, caminha para outra direção. Se o combate ao vírus não tem alinhamentos entre os governos, no futebol as reações estão ainda mais fragmentadas. Com decisões facultadas aos Estaduais, criam-se ruídos. Em 2020, a Série A tem 20 clubes de nove estados, cada um com panoramas distintos da doença. Isso pede um trabalho mais coordenado entre governos, clubes e federações. Num esporte coletivo, não dá para jogar sozinho".

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