O São Paulo executou muito bem as ideias de Dorival Júnior para dominar e vencer o Palmeiras por 2 a 1 nesta quinta-feira, pela rodada de volta das quartas de final da Copa do Brasil, no Allianz Parque, e avançar às semifinais. O treinador saiu de campo satisfeito com o que viu, e não apenas em razão do resultado. A atuação foi uma validação de suas convicções, as quais, segundo ele, nem sempre são valorizadas.
Dorival foi questionado, durante a coletiva de imprensa pós-jogo, o que achava da opinião de que ele teria tido sorte em algumas de suas principais conquistas, por contar com ótimos elencos, como ocorreu no Santos e no Flamengo. A resposta veio em forma de ironia.
"Continuo dando sorte, preciso resumir desta maneira. Tiramos sete grandes equipes do rebaixamento, fomos campeões, vices... É muita sorte, competência é pouca. Por isso chegamos ao CT às sete da manhã e saímos às sete da noite. Para o treinador brasileiro, as coisas caem no nosso colo. Dificilmente, as pessoas vão perceber que essa equipe tem padrão, como todas as equipes em que eu trabalhei. Minhas equipes colocam bola no chão, não me preocupo apenas com resultado. Eu me preocupo com a qualidade do jogo. A grande maioria das minhas equipes jogam bola, têm padrão. Por isso tenho muita sorte e continuo trabalhando dessa maneira", afirmou.
Além da capacidade de colocar em prática a filosofia de jogo proposta no dia a dia dos treinamentos, o São Paulo também se destacou por sua postura corajosa frente a um adversário que é tido como um dos mais poderosos do Brasil. O treinador são-paulino exaltou também este ponto.
"Nossa equipe foi valente. não viemos para nos defender. Desde o primeiro trabalho que fizemos, eu dizia que não poderíamos fugir das nossas características. Tínhamos que fazer o Palmeiras sentir a partida a partir da condição que nós impuséssemos. Escalei um meio de campo que poucos esperavam . Dois meias de mobilidade e aproximação aos atacantes. Fez nossa equipe ter volume de jogo, foi fundamental e decisivo", disse.
Quando questionado sobre o gol são-paulino anulado por falta de Diego Costa em Zé Rafael, pois o árbitro Anderson Daronco viu um empurrão, Dorival disse não ter concordado com a marcação. No momento, o jogo estava empatado. "Foi gol, era para ter sido dado o gol. Seria 2 a 1 antes e estaríamos mais tranquilos. Não estou levantando nenhuma situação desnecessariamente. Um gol lícito, normal. Para mim ,foi uma surpresa ser anulado um gol que na minha opinião foi legítimo", afirmou.
O adversário do São Paulo nas semifinais será o vencedor do duelo entre Corinthians e América-MG, que jogam apenas no sábado. Antes de se preocupar com isso, contudo, o time tem outros compromissos importantes. No domingo, faz clássico com o Santos, pelo Brasileirão, no Morumbi, a partir das 16 horas.
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