Dorival Júnior não gostou nada da apresentação do São Paulo na derrota para o San Lorenzo, na Argentina, na ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana, por 1 a 0. Foi o quarto jogo sem triunfo da equipe, que também saiu atrás nas semifinais da Copa do Brasil, levando 2 a 1 na casa do Corinthians. Ciente que a equipe não passa por boa fase, o treinador ressaltou que o momento ruim tem tudo para acabar e espera que a reação venha já no domingo, diante do Atlético-MG, no Morumbi, jogo no qual Lucas Moura fará sua estreia.
De volta ao clube após 11 anos, o meia-atacante iniciará a partida no banco, mas o treinador já adiantou que será utilizado ao menos uma parte do confronto do Brasileirão. "Com calma, a tendência é que possa participar deste primeiro jogo", admitiu Dorival. A chegada de Lucas Moura e de James Rodriguez eleva o patamar do São Paulo e traz esperança por briga por taças no fim da temporada. Ambos estarão na volta contra o Corinthians, na Copa do Brasil, mas não poderão encarar o San Lorenzo e desde já Dorival busca alternativas após frustrante resultado desta quinta.
"Sabíamos que o desenho da partida seria mais ou menos isso, mas não foi um bom jogo tecnicamente e não tivemos uma grande noite", lamentou o treinador. "Tivemos posse de bola mas faltou muito, as infiltrações, os movimentos de ataque, e isso é mais que necessário para um jogo disputado como foi", reclamou.
O setor ofensivo não agradou ao treinador, mesmo com os titulares Calleri e Luciano. Ele ainda tentou com Alexandre Pato, mas sem sucesso. "Tivemos poucas jogadas que tentamos o um para um e isso acabou prejudicando, dando a impressão de falsa posse. Você pouco cria e de repente, se desgasta demais em razão de tentar situações por dentro, proporcionando contra-ataques. Temos muito a corrigir para no jogo seguinte somar um resultado melhor."
O técnico ainda teve de explicar sobre a queda de rendimento do São Paulo, com três derrotas e um empate nas últimas apresentações e frisou que isso não é motivo para "desconfiança."
"Realmente ocorreram as derrotas, mas o time está equilibrado, consciente. Essas derrotas são em jogos de 180 minutos, a vantagem dos rivais é boa, mas não há nada decidido até o momento final", afirmou. "Temos de confiar no nosso potencial e no que a gente vinha jogando, pois ninguém esquece. É questão de momento, detalhes, fases, e elas passam. A confiança tão falada não pode oscilar e nos tirar a oportunidade de estar à frente de um grande resultado no próximo jogo", previu.
E já deu a receita para a reviravolta tricolor. "Melhor em relação a essas últimas partidas. Temos potencial e qualidade para reverter qualquer situação."
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