O título histórico de Novak Djokovic no Aberto da Austrália, no domingo, se tornou ainda mais surpreendente nesta quarta-feira diante da confirmação de que o tenista sérvio esteve em quadra ao longo do torneio com uma ruptura de três centímetros na coxa esquerda. A revelação foi feita pelo próprio diretor da competição, Craig Tiley.
"Eu mesmo vi, ele teve um corte de três centímetros no músculo. Vi os exames, os médicos vão dizer a verdade para a imprensa", declarou o diretor, em entrevista à rádio australiana SEN Sportsday. "É difícil acreditar no que eles (tenistas) conseguem fazer mesmo quando estão machucados."
Djokovic se machucou antes do Aberto da Austrália, quando disputava o Torneio de Adelaide, um dos preparatórios para o primeiro Grand Slam da temporada. Mesmo lesionado, jogou com dores nas primeiras rodadas em Melbourne. Na reta final, conseguiu jogar sem reclamar de dores ou usar proteção na coxa esquerda.
A ausência de proteção gerou especulações sobre o estado físico do atleta. Ele foi alvo de críticas por supostamente inventar a lesão, o que desmentiu desde o começo. Ao fim do torneio, prometeu exibir os exames que confirmavam o problema físico. E, nesta quarta, o diretor do Aberto da Austrália confirmou que teve acesso aos exames.
"Houve muita especulação sobre se a lesão seria real ou não... Djokovic é notável. Ele soube lidar com essa situação de forma extremamente profissional", declarou Tiley.
No domingo, Djokovic superou na final o grego Stefano Tsitsipas por 3 sets a 0. Com o triunfo, levantou o troféu do Aberto da Austrália pela 10ª vez em sua carreira. Além de ampliar o recorde de títulos do torneio, ele igualou o recorde de troféus de Grand Slam, que pertence ao espanhol Rafael Nadal. Ambos agora somam 22 conquistas deste nível.
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