O técnico Fernando Diniz concedeu, na noite desta quarta-feira, a última coletiva antes do confronto com a Venezuela pela terceira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. Na entrevista, ele vem desenvolvendo o seu trabalho em dois tópicos: aproximação com o elenco para explorar a individualidade dos atletas e utilizar o legado do Tite para encaixar o seu estilo.
Ao ser questionado se, neste início de ciclo, a seleção já tem a sua cara, ele foi enfático. "A seleção tem a minha cara porque foi competitiva e solidária. A minha cara é essa. No meu time, gosto de jogadores que se aproximem e que gostem de atuar juntos", afirmou o treinador.
Adaptar a sua filosofia em um calendário em que o tempo não joga a favor tem sido um desafio para Fernando Diniz. Para conseguir ter o resultado esperado no campo, ele tem usado a conversa com os atletas para facilitar o entendimento.
"A prioridade do trabalho é que os jogadores fiquem confortáveis com a ideia tática. Os jogos da primeira perna (vitória sobre a Bolívia por 5 a 1 e triunfo diante do Peru por 1 a 0) foram muito bons. Partidas diferentes. Contra o Peru, apesar do 1 a 0, tivemos mais coisas boas do que ruins", destacou.
Outro trunfo utilizado pelo treinador é o diálogo com os atletas que vêm dos mais variados centros para trabalhar sob o seu comando. Já familiarizado, ele elogiou a sintonia do grupo que está sendo formado.
"Tenho a agradecer a abertura que os jogadores têm me dado e o que eu penso sobre a vida. Essas coisas andam juntas. Agora o clima foi melhor porque não teve a ansiedade da chegada. Isso aprofunda a nossa convivência. As pessoas com quem eu mais aprendo são os atletas. Muito bom poder contar com jogadores que têm experiências vastas com técnicos do mundo para melhorar a nossa história."
O legado do seu antecessor na seleção brasileira também foi citado na coletiva. "Bom falar do trabalho do Tite. Tudo que ele deixou de bom, procuro aproveitar ao máximo. Os jogadores que participaram do primeiro ciclo já têm um conhecimento e já estão se adaptando em relação aos movimentos em campo."
Diniz não quis adiantar a escalação contra os venezuelanos, mas adiantou que dificilmente irá apresentar alguma novidade em cima do que vem sendo treinado. Sobre a Venezuela, o respeito máximo foi a tônica do discurso. "Os últimos jogos deles contra o Brasil foram partidas difíceis. Eles têm um time bem treinado, bastante competitivo e um excelente treinador."
Brasil e Venezuela se enfrentam nesta quinta-feira, na Arena Pantanal pela terceira rodada das Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026. A seleção lidera a classificação com seis pontos. Já os venezuelanos ocupam o quinto lugar com uma vitória e uma derrota.
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