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Derrotado em pleito por reeleição no São Paulo, dirigente critica mandato curto

A vida política do São Paulo passou por um furacão nos últimos meses com a possibilidade de mudança do estatuto. Em dezembro do ano passado, o Conselho Deliberativo aprovou 14 das 24 propostas à votação, incluindo a reeleição para presidente, que havia si

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.02.2022, 16:00:00 Editado em 16.02.2022, 16:08:47
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A vida política do São Paulo passou por um furacão nos últimos meses com a possibilidade de mudança do estatuto. Em dezembro do ano passado, o Conselho Deliberativo aprovou 14 das 24 propostas à votação, incluindo a reeleição para presidente, que havia sido extinta no clube em 2017, além do aumento do mandato dos conselheiros, passando de três anos para seis. O clima esquentou. Torcedores pressionaram nas redes sociais e apontaram uma tentativa de perpetuação no poder. Em janeiro, a maioria dos sócios votou contra a adoção do novo estatuto. O presidente do Conselho Deliberativo do clube, Olten Ayres Jr., aliado do presidente Julio Casares, não vê o resultado como um revés.

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"Não pode ser uma derrota minha porque não fui eu quem propôs (as mudanças). A proposta não é minha, é de 82 conselheiros. No plano das ideias, a derrota foi da proposta. No momento em que você tem uma discussão sobre ideias, não há derrotados nem vitoriosos. A ideia só não foi aceita", disse Ayres Jr, que demonstrou apoio ao texto sugerido.

"Se você tem um clube com sistema eleitoral a cada três anos, desestabiliza a administração. É um período muito curto de tempo para você conseguir imprimir um plano, estabelecer metas e diretrizes claras. Por esse motivo, sem a possibilidade de se reeleger, nós acreditamos que gera instabilidade". O baixo quórum de votantes - apenas 1.329 sócios comparecerem de 4.557 associados aptos a votar - foi minimizado. "É comum em pleitos pelo mundo".

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A tentativa de mudança de estatuto, com a volta da reeleição presidencial e o aumento do mandato de conselheiros, inflamou os torcedores nas redes, que, em sua maioria, foram contrários às alterações previstas. A pressão da oposição e de torcedores contra a aprovação do estatuto ganhou tom provocativo e subiu o nível das críticas aos conselheiros do São Paulo, em especial ao presidente do Conselho Deliberativo, que disse que as manifestações "fazem parte do processo democrático". "É claro que, no âmbito das ameaças pessoais, rejeitamos qualquer tipo de atitude agressiva e temos de nos proteger, por isso, fiz o Boletim de Ocorrência cobra os ataques", conta ao citar um torcedor que o ameaçou de morte.

A despeito do clima ruim com grande parte da torcida após o processo de votação de mudança do estatuto que fracassou, Ayres Jr diz o que considera pontos positivos de sua gestão no conselho: a votação foi realizada de forma eletrônica nos moldes da eleição geral brasileira e as reuniões do Conselho Deliberativo foram transmitidas pela primeira vez na história do clube.

"Fizemos 31 reuniões no Conselho, sendo que antes de assumirmos, o clube só fazia seis encontros por ano. Qualquer contrato que a gente recebe, no dia seguinte, marcamos a reunião. As sete reuniões (transmitidas) foram importantes e tratam de diferentes questões", explica ao dizer que as outras 24 que não foram transmitidas tratam de informações contratuais delicadas que não podem ser expostas ao público.

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SAF AMEAÇA OS CONSELHEIROS DE CLUBES BRASILEIROS? - Com o futebol brasileiro passando pelo início de uma transformação desde o fim do ano passado com a aprovação da legislação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), os conselheiros dos clubes, neste novo modelo, tendem a perder poder. Decisões importantes saem das mãos dos conselhos para o agora dono do clube. Isso não é motivo de preocupação, segundo o presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo.

"O principal de tudo isso não é sobre conselheiros (perdendo poder em clubes que viraram SAF), independentemente de virarmos empresa, o que pode um dia acontecer. No momento, não é o que vislumbramos, mas isso pode acontecer, é uma questão evolutiva".

Em novembro do ano passado, o São Paulo nomeou um comitê de estudos do Conselho de Administração para elaborar em até um ano a partir desta data "um estudo de viabilidade visando à separação societária do futebol (profissional e categorias de base), das demais atividades praticadas pelo SPFC", segundo o artigo 170 do estatuto.

A equipe é formada pelos conselheiros Adilson Alves Martins, José Alberto dos Santos e Vinicius Medeiros Leite, além do advogado tributarista Juliano Di Pietro, que deverá apresentar um projeto ao Conselho de Administração. Só depois desse estudo, o São Paulo vai olhar com mais carinho para a possibilidade de virar um clube-empresa. Poucos no clube acreditam nessa possibilidade.

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