A nota enviada anteriormente contém um erro no primeiro parágrafo. Ana Marcela terminou em quinto lugar. Segue a versão corrigida:
O sonho de Ana Marcela Cunha ser campeã mundial dos 10 quilômetros de Águas Abertas não foi realizado em Fukuoka, no Japão. Apesar da cirurgia recente no ombro e da troca de técnico, a atleta brasileira fez uma grande prova, ao disputar um lugar no pódio na batida. No final terminou em quinto lugar, após análise dos organizadores, em disputa acirrada com a holandesa Sharon Van Rouwendaal. Ana Marcela fica ainda sem vaga na Olimpíada de Paris nesta prova, mas terá nova chance no Mundial do ano que vem.
O primeiro lugar no pódio ficou com a alemã Leonie Back, seguida pela australiana Chelsea Gubecka e pela americana Katie Grimes.
"Me senti bem, estou vivendo um momento diferente, de transições, mas acreditando muito. Passei por cirurgia e estar aqui oito meses depois brigando de igual com essas meninas é muito importante. E dizer um grande obrigado do porteiro do condomínio ao presidente do comitê, minha esposa, pais, todos torcendo por mim, só eles sabem o que estou passando. Foi uma vitória só por estar aqui. Óbvio que queria estar entre as três e com a vaga olímpica ", disse Ana Marcela, ao SporTV.
Em busca do único título que faltava no vitorioso currículo, Ana Marcela começou a prova de maneira forte e sempre entre as três melhores e perto da australiana Maddy Gough, que completou o primeiro giro na frente. A também brasileira Viviane Jungblut vinha no 13° lugar.
Dona de sete ouros, duas pratas e seis bronzes em Mundiais, subir ao pódio já significava vitória para a brasileira. Com classificação direta para os Jogos Olímpicos de Paris-2024 às medalhistas, a campeã olímpica sabia o que precisava e não descolava do pelotão, apesar de cair para o sexto lugar na segunda virada. Jungblut estava no 15° posto.
Dosando energias, Ana Marcela chegou a cair para o 10° lugar com aproximadamente 45 minutos de prova. Mas mostrou que tudo não passava de estratégia ao rapidamente recuperar o segundo lugar, atrás somente da italiana Ginevra Taddeucci.
Na metade da prova, como vem sendo em todas as disputas da modalidade, Ana Marcela já disputava o pódio com as rivais Sharon van Rouwendaal, da Holanda, e Leonie Back, da Alemanha.
Viviane virou em quinto na terceira volta, bem perto de Ana Marcela e deixando o País com grande expectativa de ter duas competidoras brigando pelo pódio. A quarta virada não foi boa, contudo. Ana Marcela caiu para sétimo e Viviane despencou para o 17° lugar.
Com 7,5 quilômetros de prova completados, Van Rouwendaal assumiu a liderança e abriu oito segundos em relação a Ana Marcela, em oitava. Viviane perdeu ritmo e despencou para o 25° lugar.
O sino agitado sinalizou que as nadadoras abriam a última volta. E a Austrália voltou à ponta, agora com Chelsea Gubecka, com Van Rouwendaal em segundo e Ana Marcela em sétimo, atrás 4,8 segundos, acompanhando o pelotão e se preparando para o sprint final, no qual é muito forte.
A brasileira subiu para o quarto lugar faltando um quilômetro. Leonie Back era a adversária pelo bronze no momento, com as duas primeiras posições inalteradas. Aos poucos, porém, Ana Marcela e alemã cresceram e entraram na briga pelo título com Gubecka.
Com fortes braçadas na reta final, a definição parecia na batida. Eis que Back arrancou e conquistou o título que havia escapado no ano passado, seguida Gubecka. Já Grimes, Van Rouwendaal e Ana Marcela bateram juntas e na fotografia, fecharam em terceiro, quarto e quinto, respectivamente. Viviane chegou somente no 26° lugar.
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