O Corinthians pagou as pendências de FGTS a todo o elenco de jogadores do time masculino nesta quinta-feira. Apesar de o pagamento ter ocorrido após os pedidos de Gustavo Silva e Arthur Sousa por rescisões unilaterais na Justiça, não houve interferência judicial na ação do clube.
Os pedidos dos jogadores, inclusive, foram negados pela Justiça do Trabalho. A informação sobre o indeferimento da ação de Gustavo Silva foi primeiramente noticiada pelo UOL e confirmada pelo Estadão, que também confirmou a negativa a Arthur Sousa. Os dois jogadores alegavam atrasos no pagamento do FGTS.
O entendimento da Justiça é de que não houve inadimplência. A própria representação de Gustavo Silva manifestou no processo, posteriormente na quarta-feira, que houve o pagamento dos valores do Fundo de Garantia. A decisão também apontou não haver outros atrasos, como luvas ou direitos de imagem. Os atletas podem recorrer da decisão.
A rescisão unilateral está prevista em lei em caso de inadimplência por parte do empregador em período igual ou maior que dois meses. Foi o caso do meia Matías Rojas. O paraguaio acionou a Fifa e rescindiu unilateralmente com o Corinthians alegando atraso do pagamento dos direitos de imagem. A entidade condenou o clube a pagar R$ 40 milhões ao atleta, atualmente no Inter Miami, dos Estados Unidos. O clube recorre da decisão. Quando o pagamento é feito após a data de vencimento, são aplicados juros e correção monetária.
O recolhimento do FGTS por parte do Corinthians não encerra a novela. Gustavo e Arthur faltaram ao treino realizado na quarta-feira, no CT Joaquim Grava. O clube entregou a situação ao departamento jurídico, que estuda as medidas cabíveis. Os dois estão fora da partida desta quinta-feira, contra o Vitória, pelo Campeonato Brasileiro.
Gustavo foi titular no clássico com o Palmeiras, vencido pelo rival por 2 a 0, na segunda-feira, e vinha sendo utilizado regularmente. O vínculo do atleta com o clube vai até setembro de 2025. Já Arthur Sousa, destaque na Copinha, não tem muitas oportunidades. Ele balançou as redes pelo profissional em fevereiro, na derrota por 2 a 1 para o São Paulo, e entrou pela última vez no empate por 1 a 1 com o Athletico-PR. O contrato do atleta vai até o fim de 2026.
Na quarta-feira, foi apresentado Fred Luz, ex-Flamengo, como CEO, além de Pedro Silveira como diretor financeiro. Em coletiva, Luz citou a quitação de pendências dos atletas como uma das prioridades do clube, que receberá um adiantamento de R$ 150 milhões pelo acordo com a Liga Forte União pelos direitos de transmissão.
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