O torcedor corintiano que foi à Neo Química Arena na noite deste sábado criou expectativas em razão do bom futebol apresentado pelo Corinthians contra o Fortaleza, principalmente durante o primeiro tempo, mas acabou frustrado pelo placar final. A partida válida pela quinta rodada do Brasileirão terminou empatada por 0 a 0, após o time alvinegro exibir algumas virtudes, as quais não sustentou até o apito final.
Com o resultado, o time comandado por António Oliveira, que vinha de vitórias por 3 a 0 sobre o Fluminense no Brasileiro e por 2 a 1 sobre o América de Natal na Copa do Brasil, fica com cinco pontos no campeonato nacional, em 12º lugar, posição que pode perder ao fim da rodada. O próximo compromisso é na terça-feira, contra o Nacional do Paraguai, pela Sul-Americana, na casa do adversário. Já a equipe de Juan Pablo Vojvoda tem um ponto a mais, em décimo lugar, e também joga o torneio continental, quarta-feira, contra o Nacional de Potosí.
O Corinthians foi superior ao Fortaleza durante a maior parte do primeiro tempo. De volta ao time após ser desfalque na vitória por 2 a 1 sobre o América de Natal, pela Copa do Brasil, na terça-feira, o meia Rodrigo Garro ditou o ritmo. Embora tenha cometido erros, movimentava-se e procurava o jogo a todo a momento. Recuava para buscar a bola com os volantes quando necessário, mas acelerava para se apresentar à frente na sequência da jogada. A companhia de Breno Bidon no meio de campo ajudava o argentino a se destacar.
Wesley, grande nome da equipe paulista das últimas partidas, estava bem marcado pela esquerda, tanto que o ataque alvinegro acabou explorando mais o lado direito. Apesar disso, o garoto de 19 anos foi responsável por uma das melhores chances corintianas, ao cruzar para Raniele cabecear e parar em ótima defesa de João Ricardo. Uma falta perigosíssima cobrada por Romero e uma finalização de fora da área de Garro foram outros lances de perigo dos donos da casa.
Ao fim da etapa inicial, o Corinthians tinha nove finalizações contra apenas uma do Fortaleza, que fez alterações na configuração do sistema ofensivo após os primeiros minutos, em tentativa de Vojvoda de dar mais vida ao ataque. A única oportunidade dos tricolores foi ainda no início, e muito clara, já que Breno Lopes ficou cara a cara com Carlos Miguel, mas chutou para fora.
O time comandado por António Oliveira se mostrava organizado e conseguia propor o jogo de uma forma poucas vezes vista em Itaquera neste ano. Tal cenário manteve-se no segundo tempo. Com a bola no chão, os corintianos trocavam passes com paciência, empurrando o Fortaleza para trás, e tinham sucesso em encontrar espaço, como no caso de ótima trama terminada em enfiada de Garro para Hugo, que chutou em cima de João Ricardo e ainda viu a bola tocar a trave.
A bola aérea também funcionava, como ocorreu em cabeceio de Félix Torres defendido pelo goleiro tricolor. No momento em que o Fortaleza começava a ficar mais com a bola e representar riscos à defesa corintiana, o Corinthians mostrou mais repertório, inclusive com Carlos Miguel. Uma reposição rápida do goleiro gerou ótima situação a Matheuzinho, em jogada que acabou mal concluída pelo lateral, que entrou no lugar de Mosquito para jogar como ponta.
De qualquer forma, o domínio corintiano estava se dissipando. O Fortaleza continuou ganhando corpo na troca de passes, até ser capaz de passar períodos maiores no campo de defesa adversário, porém não conseguiu transformar isso em maior volume ofensivo. Mais perto do final da partida, os dois times passaram a cometer mais erros, ao mesmo tempo em que continuaram criando. Moisés teve a grande oportunidade dos tricolores, finalizada para fora, e Breno Bidon flertou com um golaço de letra.
FICHA TÉCNICA:
CORINTHIANS 0 X 0 FORTALEZA
CORINTHIANS - Carlos Miguel; Fagner (Giovane), Félix Torres, Cacá e Hugo; Raniele (Fausto Vera), Breno Bidon (Paulinho) e Rodrigo Garro; Gustavo Mosquito (Matheuzinho), Ángel Romero (Pedro Raul) e Wesley. Técnico: António Oliveira.
FORTALEZA - João Ricardo; Tinga, Brítez, Titi e Bruno Pacheco; Pedro Augusto (Zé Welisson), Hércules e Pochettino (Machuca); Renato Kayzer (Lucero), Breno Lopes (Moisés) e Yago Pikachu (Marinho). Técnico: Juan Pablo Vojvoda.
ÁRBITRO - Felipe Fernandes de Lima (MG).
CARTÕES AMARELOS - Breno Lopes, Tinga, Brítez, Pedro Augusto, Yago Pikachu e Marinho (Fortaleza) e Raniele (Corinthians).
RENDA - R$ 2.761.561,00.
PÚBLICO - 42.456 pessoas.
LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo.
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