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Corinthians condena gestos racistas de torcedores do Boca Juniors na Argentina

O Corinthians se manifestou nesta quarta-feira condenando os atos de racismo por parte de torcedores do Boca Juniors no empate por 1 a 1 entre as equipes, na Bombonera, em Buenos Aires, pelo Grupo E da Copa Libertadores. O clube também criticou o tratamen

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.05.2022, 10:05:00 Editado em 18.05.2022, 10:10:27
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O Corinthians se manifestou nesta quarta-feira condenando os atos de racismo por parte de torcedores do Boca Juniors no empate por 1 a 1 entre as equipes, na Bombonera, em Buenos Aires, pelo Grupo E da Copa Libertadores. O clube também criticou o tratamento recebido por corintianos no estádio e promete fazer uma reclamação formal sobre os acontecimentos para a Conmebol.

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"O Sport Club Corinthians Paulista considera inaceitáveis as manifestações de racismo da torcida do Boca Juniors, bem como o tratamento dado à sua torcida na chegada do estádio La Bombonera, o que retardou a ocupação dos lugares reservados a ela ao longo de toda a primeira etapa", diz um trecho da nota.

O caso de racismo aconteceu antes mesmo da bola rolar na capital argentina. Um torcedor do Boca foi flagrado imitando um macaco em direção ao local destinado para os brasileiros na Bombonera. Um vídeo com as imagens rapidamente começou a circular nas redes sociais. Ainda de acordo com o Corinthians, muitos brasileiros só conseguiram entrar no estádio durante o segundo tempo por causa de atraso na escolta ou revista dos portões.

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"O clube vai protocolar reclamação formal à CONMEBOL para apuração de responsabilidades e punições, além de requerer ações preventivas nos próximos jogos", conclui a nota.

No primeiro duelo entre os dois times na fase de grupos do torneio sul-americano, um torcedor do Boca foi detido após cometer injúria racial contra corintianos na Neo Química Arena. Identificado como Leandro Ponzo, ele não poderá assistir aos jogos presencialmente por quatro anos.

Em outras rodadas, também foram identificados episódios de racismo contra brasileiros em jogos envolvendo Palmeiras (diante do Emelec), Fortaleza (River Plate), Red Bull Bragantino (Estudiantes), Flamengo (Universidad Católica) e Fluminense (Olimpia e Millonarios). O aumento expressivo de casos do tipo fez a Conmebol anunciar na última semana uma série de mudanças em seu Código Disciplinar para aumentar as punições a clubes, jogadores e torcedores que cometam atos discriminatórios.

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Atualmente, as penas para os clubes cujos torcedores praticam atos discriminatórios variam entre jogos com portões fechados e multas de até US$ 100 mil (cerca de R$ 500 mil).

"Qualquer jogador ou oficial que insulte ou atente contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, por motivos de cor de pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem, será suspenso por um mínimo de cinco jogos ou por um período de tempo mínimo de dois meses", identifica o primeiro parágrafo do artigo 17 do Código Disciplinar da entidade sul-americana.

CASO RAFAEL RAMOS

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Em território nacional, o Corinthians vive o outro lado da moeda. No último sábado, o volante Edenílson, do Internacional, relatou ter sido chamado de "macaco" por Rafael Ramos, lateral-direito do time paulista, durante o empate por 2 a 2 entre Internacional e Corinthians, no Beira-Rio. O jogador da equipe gaúcha prestou uma queixa-crime contra o jogador português, que precisou pagar uma fiança no valor de R$ 10 mil para ser liberado. A diretoria corintiana diz que conversou com o atleta, que deu uma versão diferente da apresentada por Edenilson, e nenhuma sanção ao jogador foi anunciada. O meio-campista colorado comemorou um dos gols na vitória por 2 a 0 sobre o Independiente Medellín, da Colômbia, nesta terça, pela Copa Sul-Americana, com o punho cerrado, gesto da luta antirracista.

Na segunda-feira, a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pediu a abertura de um inquérito para apurar a injúria racial denunciada por Edenílson, e Rafael Ramos pode ser punido com suspensão por até 360 dias e multa de R$ 100 a R$ 100 mil. O caso já está sendo investigado pela Polícia Civil, que colheu depoimentos dos envolvidos no mesmo dia do ocorrido.

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