Em jogo animado, mas de nível técnico abaixo do esperado, o Internacional desperdiçou chance preciosa de emplacar novo triunfo, neste sábado, ao empatar sem gols com o Cruzeiro, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Com um a mais durante quase todo o segundo tempo, o time da casa falhou demais no ataque e teve encerrada sua série de vitórias.
Vindo de quatro triunfos consecutivos, o Inter ao menos ampliou sua sequência invicta. Agora são dez partidas sem perder, por diferentes competições. O empate levou o time aos 21 pontos, em sétimo lugar. Já a equipe mineira soma 18 e segue na zona intermediária da classificação.
Inter e Cruzeiro fizeram um início de jogo animado, com boas chances de gol para os dois lados antes dos 15 minutos. A primeira veio aos 9, em favor dos visitantes, num lance com erros bizarros do goleiro John e do atacante Wesley. John escorregou ao receber um tranquilo recuo. A bola caiu nos pés de Wesley, que deixou escapar e desperdiçou a melhor oportunidade do primeiro tempo.
A resposta do Inter foi imediata. Numa rápida troca de passes na entrada da área, Johnny encheu o pé. A bola desviou na defesa e saiu. No lance, o time da casa ainda pediu pênalti sobre Alan Patrick, sem sucesso.
Na sequência, aos 11, um outro erro crasso da defesa colorada quase permitiu ao Cruzeiro abrir o placar. Numa falha de passe na entrada da área, após bate-rebate, a bola sobrou para Stênio, cara a cara com John. Ele mandou rasteiro e rente ao pé da trave esquerda, para fora.
A partida ganhou jogadas mais ríspidas dos dois lados. Faltas e marcação forte substituíram os bons lances do início. O time da casa tinha mais dificuldade, principalmente devido aos erros na defesa. Para piorar, ganhou um problema no ataque quando Alan Patrick deixou o campo com apenas 17 minutos de jogo. Ele sentiu um incômodo no olho após uma bolada.
Daí em diante, o goleiro John foi quem mais trabalhou no primeiro tempo. Foram ao menos dois lances decisivos, que o Cruzeiro acabou desperdiçando. Poderia ter ido para o vestiário com vantagem no placar.
O segundo tempo também foi mais animado do que o esperado. O time da casa contou com a reestreia do chileno Charles Aránguiz. O volante voltou a defender o Inter oito anos após sua saída. Outro reforço para o segundo tempo foi Alemão, que caiu na beira da área aos 21 minutos. O árbitro deu pênalti, mas voltou atrás após consultar o VAR e anotou a falta fora da área. Na cobrança, o atacante mandou longe.
Se não rendeu um gol, o lance beneficiou diretamente o Inter por causa da expulsão de Lucas Oliveira. Ele foi o autor da falta sobre Alemão. E, como já tinha cartão amarelo, deixou o Cruzeiro com apenas 10 jogadores em campo.
Mas, mesmo antes da exclusão no time mineiro, o Inter já era o dono da partida no segundo tempo. Criava as melhores chances e permanecia a maior parte do tempo no campo de ataque. O Cruzeiro jogava recuado, à espera do contra-ataque.
Nos minutos finais, o time gaúcho aumentou a pressão e o Cruzeiro entrou no modo desespero, apenas em busca de se defender. Longe de repetir a eficiência ofensiva dos últimos jogos, o Inter perdeu a chance de somar três pontos em casa.
FICHA TÉCNICA:
INTERNACIONAL 0 X 0 CRUZEIRO
INTERNACIONAL - John Victor; Bustos, Vitão, Mercado e Renê; Rômulo, Johnny (Carlos de Pena), Maurício (Charles Aránguiz), Alan Patrick (Jean Dias, depois Lucca) e Wanderson; Luiz Adriano (Alemão). Técnico: Mano Menezes
CRUZEIRO - Rafael Cabral; William, Lucas Oliveira, Luciano Castán e Marlon; Matheus Jussa, Filipe Machado e Mateus Vital; Bruno Rodrigues (Henrique Dourado), Wesley (Neto Moura) e Stênio (Neris). Técnico: Pepa.
CARTÕES AMARELOS - Mercado, Renê, Alan Patrick, Johnny, Mano Menezes, Marlon, Bruno Rodrigues, Bustos.
CARTÃO VERMELHO - Lucas Oliveira.
ÁRBITRO - Wagner do Nascimento Magalhães (RJ).
RENDA - R$ 523.386,00.
PÚBLICO - 19.365 pagantes (23.923 no total).
LOCAL - Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).
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