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Clubes brasileiros buscam opções para gerar renda e investem em conteúdo digital

Sem a presença de público nos estádios, em razão da pandemia do novo coronavírus, clubes e empresas buscam criar alternativas para manter o número de sócios-torcedores e, consequentemente, a renda que os programas geram. A ideia é encontrar outros benefíc

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.09.2020, 15:05:00 Editado em 08.09.2020, 15:11:04
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Sem a presença de público nos estádios, em razão da pandemia do novo coronavírus, clubes e empresas buscam criar alternativas para manter o número de sócios-torcedores e, consequentemente, a renda que os programas geram. A ideia é encontrar outros benefícios para os fãs e investir em conteúdos digitais. Neste sentido, o Fortaleza e o Bahia largaram na frente com a criação de suas plataformas de streaming.

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A Feng Brasil, empresa especializada no assunto e que cuida dos programas de sócios-torcedores de Santos, Vasco e Flamengo, tentou criar alternativas para não haver grande perda de associados. O primeiro passo foi lançar campanhas para mostrar aos torcedores que ser sócio não é ter apenas o benefício em compras de ingressos. Em entrevista ao Estadão, o diretor de negócios da empresa, André Monnerat, contou como têm sido os desafios durante a pandemia.

"Acho que esse momento acelerou o que já iria acontecer no futuro. Igual ao home office, que uma hora iria passar a ter mais e agora as empresas viram que funciona. Ser sócio é uma afirmação do orgulho e o que o clube faz é reconhecer. Antes tinha os ingressos, e agora não tem mais e não sabemos por quanto tempo, então precisamos criar alternativas. A ideia é criar conteúdos onlines exclusivos para sócios-torcedores", afirmou.

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Os clubes investiram em campanhas nas redes sociais e chegaram a oferecer descontos nos planos de sócios-torcedores (veja abaixo as ações), mas registraram perdas no número de associados. Os times agora analisam estreitar os laços com seus torcedores por meio de conteúdos digitais exclusivos.

"Nos clubes do exterior a gente já vê bastante isso de os sócios assinarem conteúdos. Vai chegar aqui em algum momento e estamos trabalhando nesse sentido, em criar soluções com interação digital. Todo mundo está fora da zona de conforto, é preciso usar a criatividade e testar, porque é tudo novo", disse Monnerat, que acredita na manutenção dessas ações mesmo quando o público puder voltar às arquibancadas. "A maioria dos torcedores não vai ao estádio. O estádio cabe milhares e os clubes têm milhões de torcedores. Essa criação serve também para os torcedores que não podem ir aos jogos".

Na Futebol Card, o impacto foi ainda maior. A empresa cuida de programa de sócios-torcedores de 12 clubes e é a responsável pela venda de ingressos de 20. Com a pandemia, a Futebol Card conversou com os times e criou algumas alternativas, como venda de jogos antigos online e de totens com a foto dos torcedores nos estádios.

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"Foi um baque mundial. Da noite para o dia parou nosso faturamento de ingressos. Graças à gestão de programas que conseguimos sobreviver de 'canudinho'. Foi um momento que pensamos: 'o que temos que fazer para nos reinventar?' E então começamos a falar com os clubes e criamos essas ações", contou o sócio-fundador da empresa, Robson Carlo Mello De Oliveira.

Antes mesmo da pandemia, a Futebol Card já havia investido na criação de bancos digitais para os clubes. A empresa fez parceria com a LogBank, de soluções em pagamentos eletrônicos, para lançar plataforma de banco digital para os times. Assim, as partes ganham em todas as transações. O projeto está em andamento no Avaí, Londrina, Paysandu e Santa Cruz.

Outra aposta da Futebol Card foi na criação da loja virtual. A empresa vai começar a comercializar produtos esportivos em seu site, passando a ser concorrente, por exemplo, da Centauro e da Netshoes. Foi feita a integração com lojas de alguns clubes e a Futebol Card criou seu próprio market place.

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"A pandemia fez nossa empresa sair da caixinha, precisamos pensar no que mudar para não depender do ingresso. Desde quando surgiu o coronavírus, sempre imaginei que esse ano não voltaria a ter público nos estádios. Colocamos a turma para desenvolver alternativas digitais para que possamos dar um passo diferente na empresa. Se dependermos só do ingresso, a empresa pode sumir", afirmou Oliveira.

Confira algumas ações dos clubes:

Descontos - Santos e Vasco ofereceram descontos nas novas adesões ou renovações. O Grêmio também passou a oferecer mensalidades mais baixas. O Botafogo retirou a taxa de adesão. Já o Palmeiras ofereceu créditos aos sócios-torcedores em sua loja virtual.

Totens - Alguns clubes como Corinthians, Santos e São Paulo comercializam totens com fotos de torcedores. Os objetos ficam nas arquibancadas dos estádios. É uma forma de o torcedor se sentir representado nos jogos e o clube lucrar mesmo sem a presença de público.

Conteúdos digitais - O Fortaleza lançou o Super App Fortaleza Esporte Clube, com conteúdos exclusivos para os sócios. O Bahia lançou o programa Sócio Digital, apelidado de "Netflix do Bahia". Outros clubes trabalham neste sentido e chegaram a oferecer transmissões de jogos antigos em seus canais no YouTube.

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