Os lances polêmicos no clássico entre Corinthians e São Paulo tiveram, de acordo com a CBF, decisões acertadas. Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, avaliou que o árbitro Bruno Arleu de Araújo acertou nos dois lances da partida, válida pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.
No domingo, Corinthians e São Paulo empataram em 1 a 1, mas as decisões de Bruno Arleu revoltaram a diretoria são-paulina. O time reclamou de um gol anulado de Calleri e de um pênalti marcado para o Corinthians em falta cometida por Rafinha.
Em vídeo publicado pela CBF nesta terça-feira, no qual Seneme avalia todas as decisões polêmicas tomadas pela arbitragem na rodada do fim de semana, ele afirma que o árbitro tomou as escolhas corretas no jogo. No entanto, ressalta que houve um erro de "procedimento" no gol anulado do São Paulo. Segundo o chefe de arbitragem, Bruno Arleu deveria ter esperado a conclusão da jogada antes de assinalar falta de Calleri.
"Na nossa visão, o árbitro de campo acertou ao marcar a infração. Ele errou no procedimento, porque, se não houvesse a infração, ele não teria permitido o uso da ferramenta VAR. Ele teria que ter esperado o lance", afirmou Seneme. Assim que a falta é assinalada, a cabine do VAR, comandada por Wagner Reway.
"A checagem poderia ter sido feita. Mas o árbitro acertou. O jogador do Corinthians salta antes, tem a preferência do lance. O Calleri só consegue chegar na bola porque empurrou o jogador do Corinthians para frente. Isso se caracteriza infração. Foi correta", concluiu Seneme.
Além desse lance, o pênalti de Rafinha sobre Wesley também gerou reclamações da torcida. Seneme, por outro lado, destacou o posicionamento e a decisão do árbitro - colocado próximo e atrás do lance. "Se a gente olhar o movimento do Rafinha, ele empurra o jogador para o lado. E isso faz com que o jogador não tenha condição de seguir na jogada", disse.
"Não é o jogador (do Corinthians) que se deixa cair, ele foi atirado para o lado. A gente pode dizer que é uma jogada de interpretação, que o toque não é suficiente. As orientações que vêm da Fifa, como impactou o movimento do jogador, tem que ser cobrado o tiro penal."
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