Apresentado oficialmente no Santos nesta quarta-feira, Fábio Carille falou sobre passado, presente e futuro no clube da Vila Belmiro. O técnico se esquivou das perguntas sobre a montagem atual do elenco, projetou o time "forte" no Paulistão e revelou que saiu chateado do Santos em 2021. "Meu problema foi o Dracena", afirmou o treinador.
"Em primeiro lugar, voltei (ao Santos) por causa dessa camisa grandiosa, que nem precisamos ficar falando muito sobre isso. É histórica. Em segundo, por quanto eu me senti tão bem aqui. Eu saí daqui muito chateado. Em terceiro, as conversas com o presidente Marcelo Teixeira e o Alexandre Gallo para aquilo que estão pensando para o futuro. Isso foi me dando mais força", disse Carille, ao justificar a decisão de voltar ao clube.
O treinador teve uma primeira passagem bem-sucedida no Santos, entre 2021 e 2022. Há dois anos, ele atingiu a meta de salvar a equipe do rebaixamento no Brasileirão. Meses depois, acabou sendo dispensado pelo então diretor de futebol, Edu Dracena.
"Meu problema foi o Dracena, não vamos ficar falando muito sobre isso. Ele não me queria. O Santos terminou o ano bem, houve apelo da torcida para que eu seguisse. Mas ele não queria. Não temos mais que falar disso. Não briguei com ele em nenhum momento, mas ele não me queria", afirmou Carille.
Cauteloso, o treinador evitou fazer promessas à torcida. Ele comentou que pretende formar um Santos "forte" para o Paulistão, sem falar em título. "Vamos entrar pensando em coisas grandes. Não podemos pensar em coisas pequenas. O Campeonato Paulista é muito importante, valorizo muito. E tem sete equipes que vamos enfrentar na Série B. Vai ser um preparativo."
Questionado sobre o elenco, Carille disse que está apenas começando a se inteirar sobre a situação dos jogadores. E não revelou nenhum interesse específico no mercado, nem mesmo de posições. "Está muito cedo para falar de elenco. Foi apenas um início de conversa ontem. Estou entendendo o momento do Santos. "Eles (diretoria do clube) sabem o que eu penso, sei da situação real do Santos. E estou muito tranquilo e confiante com a escolha que eu fiz."
Da mesma forma, o treinador se esquivou de perguntas sobre esquema tático e estilo de jogo. E se defendeu as críticas de que é retranqueiro. "Posso citar duas situações diferentes que vivi. Em 2017, (no Corinthians) perdi jogo sofrendo com os contra-ataques do Santos aqui na Vila Belmiro. O Santos já jogou assim. Em 2021, tínhamos três zagueiros, mas com jogadores de lado, como Marcos Guilherme, Lucas Braga, Madson. Era totalmente ofensivo, no meio-campo não tinha nenhum marcador e três atacantes", comentou.
"Essa questão de eu ser reativo, entendo porque fui assim com o Corinthians. E foi bom, ganhou o Paulistão, foi até a semifinal da Copa Sul-Americana. Mas ficou tachado. E entendo perfeitamente. Mas precisa olhar rapidamente essas duas situações", ponderou Carille.
Sobre futuro, o treinador só confirmou que Diego Pituca está perto de se tornar reforço santista. "É um jogador que eu acompanho desde o Botafogo de Ribeirão Preto. Gosto demais. Foi muito bem no Japão. Ele está nos planos. Estou muito feliz com a chegada dele", afirmou.
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