A seleção feminina brasileira está na decisão de domingo da Copa Ouro da Conmebol. Convidada, a equipe comandada pelo técnico Arthur Elias em sua primeira competição oficial chega à disputa do título com 100% de aproveitamento e números animadores para o futuro. Com os 3 a 0 sobre o México em San Diego, o Brasil somou seu quinto triunfo, com 15 gols anotados e somente um sofrido.
Depois de estrear com magro 1 a 0 sobre Porto Rico, o Brasil repetiu o placar contra a boa seleção da Colômbia, depois goleou o Panamá por 5 a 0 fechando a primeira fase sem sustos. Nas quartas, goleada por 5 a 1 para a Argentina e agora nova vitória tranquila, desta vez diante das mexicanas.
Sem esconder que está usando a Copa Ouro para observar o elenco, o técnico Arthur Elias deixou a artilheira Gabi Nunes no banco, com Bia Zaneratto encostada em Debinha na frente e um meio-campo reforçado, com Duda Sampaio ganhando chance. Ainda colocou a zagueira Tarciane na defesa para ver como a jogadora se comporta na seleção.
O Brasil teve uma oportunidade logo no primeiro minuto, com Yasmim batendo na mão da goleira mexicana. Uma falsa impressão que a seleção dominaria a partida. Investindo na correria, as adversárias rapidamente cresceram na partida e começaram a rondar a área da goleira Luciana. Em soberania na torcida, os mexicanos gritavam "olé" com somente seis minutos, fazendo grande festa no Estádio Snapdragon, em San Diego.
Sofrendo com a marcação, as brasileiras começaram a apostar nos chutes de longa distância. Ary Borges e Zaneratto mandaram perto do alvo. A pressão aumentava diante de uma adversária há 13 jogos sem perder no continente, desde um amistoso de 2019 justamente contra as brasileiras.
Em uma atrapalhada da goleira Barreras e da zagueira Hernández, que não conseguiram cortar um cruzamento de Rafaelle - a bola bateu na nuca da defensora -, Adriana aproveitou a sobra para colocar o Brasil em vantagem no meio da primeira etapa.
Além da falha no gol, Hernández ainda cometeu uma falta em Bia Zaneratto que partia para fazer o segundo gol e acabou expulsa após consulta ao VAR com apenas 28 minutos. Com um a menos, o México não conseguiu mais segurar o Brasil e levou o segundo em batida de Antonia dois minutos depois do cartão vermelho.
Com modificações para a fase final, o Brasil necessitou de somente dois minutos para ampliar. Em jogada de corintianas. Gabi Portilho, em seu primeiro lance na partida, foi ao fundo e cruzou para Yasmim ampliar, em bela letra.
A superioridade continuou, com a equipe verde e amarela empilhando boas oportunidades. O massacre era gigante, com Barreras vendo a bola passar com perigo a todo o momento. As mexicanas viviam de lançamentos longos e contando com as falhas brasileiras. Não conseguiram descontar, mas evitaram a goleada - Gabi Nunes teve um gol anulado no fim.
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