A seleção brasileira fez uma estreia decepcionante na Copa América, nesta segunda-feira (24), no SoFi Stadium, em Inglewood. Diante da Costa Rica, que montou um verdadeiro bloqueio defensivo, os destaques do Brasil tiveram atuação apagada e não conseguiram balançar as redes. O empate sem gols reforça os problemas da equipe nacional e diminuem substancialmente as expectativas - que não eram altas - para o restante do torneio.
O cenário dos amistosos do início de junho se repetiu na Califórnia. A seleção brasileira tem enorme dificuldade de criar lances claros de gols. Há de se notar uma falha crônica nas tomadas de decisão. Fatalmente os jogadores quando têm condição boa para chutar escolhem passar e, quando devem fazer uma assistência, arriscam de qualquer forma e desperdiçam uma boa oportunidade.
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Uma seleção como o Brasil não pode se dar o luxo de ter mais de 70% de posse de bola e ter somente três finalizações na direção do gol em todo o jogo. Deve-se conceder também os méritos à Costa Rica, que se protegeu de maneira exemplar e cumpriu com seu objetivo. O horizonte do time nacional não é nada animador. A Colômbia aumentou seu favoritismo para liderar o Grupo D com a vitória sobre o Paraguai, que costuma ser uma pedra no sapato dos brasileiros em Copas América.
Desde o princípio do jogo, a seleção brasileira adotou uma postura controladora, de muita posse de bola e circulação de jogadas na intermediária ofensiva. Por causa da formatação defensiva dos costa-riquenhos, o Brasil apostou nos lances individuais para conseguir romper a barreira. Uma alternativa era acelerar a troca de passes, mas a seleção pecou na demora nas conclusões a gol.
Perto dos 30 minutos, a seleção brasileira parecia encontrar uma solução: a bola parada. Raphinha cruzou, Rodrygo escorou e Marquinhos fez o gol. No entanto, após longa revisão pelo VAR, a arbitragem anulou o lance.
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Com o passar do tempo e sem conseguir balançar as redes, a seleção cedeu à tensão e se envolveu em confusões com os jogadores da Costa Rica, especialmente o craque da equipe brasileira, tido por muitos como o melhor atleta da temporada. A atuação de Vini Jr. destoa imensamente do seu caráter decisivo como atleta do Real Madrid. Com a camisa da seleção, seu isolamento na ponta esquerda entrega o protagonismo do jogo a Rodrygo.
Na volta do segundo tempo, o Brasil se mostrou mais disposto e apto a causar problemas para a defesa costa-riquenha. Lucas Paquetá se tornou o principal atleta em campo, com belos passes e arriscando finalizações.
O mais perto que a seleção brasileira chegou do gol foi em um cabeceio contra de Quirós, que deixou o goleiro da Costa Rica em maus lençóis.
Diante da improdutividade ofensiva da seleção brasileira, o técnico Dorival Júnior decidiu sacar Vini e Raphinha e colocar Savinho e Endrick em campo. Pouco depois, foi a vez de um meio-campista deixar o campo para a entrada de um atacante, Gabriel Martinelli.
Insinuante, Savinho deu outro ritmo para o jogo, mas não fugiu do padrão da seleção brasileira e errou nas decisões. Em um dos raros acertos encontrou Bruno Guimarães, que calibrou mal o chute, e mandou para fora.
A seleção brasileira volta a campo na próxima sexta-feira, às 22h, para medir forças com o Paraguai. A partida acontece em Paradise, em Nevada, no Allegiant Stadium, casa do Las Vegas Riders, franquia da NFL (liga de futebol americano). Mais cedo, às 19h, Costa Rica e Colômbia se enfrentam em Glendale, no Arizona.
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