O Palmeiras perdeu para o Botafogo por 1 a 0, no Engenhão, no Rio, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira. A partida foi uma das melhores do Brasileirão até então, com apresentação de alto nível técnico de ambas equipes. O clima violento e lamentável que precedeu o jogo, entre acusações de John Textor, réplicas de Leila Pereira e ameaças de torcedores botafoguenses, foi superado pelo futebol.
No campo, os times refletiam as posições na tabela. As equipes demonstraram repertório para atacar, com movimentações intensas e trocas de posições na frente, além de boas ações coletivas de marcação. Weverton e John precisaram trabalhar (e bem) para segurar o 0 a 0 na primeira etapa.
Com o resultado, o Botafogo continua na liderança, com 36 pontos, agora três a mais que o Palmeiras, vice-líder. O Flamengo teria chances de ultrapassar os paulistas, mas teve o jogo contra o Internacional adiado e continua em terceiro, com 31.
Os times de Artur Jorge e Abel Ferreira trabalhavam com encaixes na marcação. No primeiro momento, o Botafogo soube desvencilhar-se melhor do adversário. Onde haviam palmeirenses com a posse, os botafoguenses pressionavam. Assim, o time da casa é quem teve as melhores chances no começo do jogo.
O Palmeiras parava no bloqueio botafoguense, ainda que tenha se mostrado propositivo com a bola. Uma alternativa foi o lançamento de Marcos Rocha para Flaco López. O atacante ficou cara a cara com John, que salvou o Botafogo. As dificuldades em finalizações do argentino e de Rony fazem com que seja mais difícil não sentir falta de Endrick.
A equipe palmeirense demonstrou maturidade quando precisou acalmar o jogo. Mesmo que fosse difícil atacar, o time não recuou e desacelerou o Botafogo, que já não tinha o mesmo encaixe eficiente do começo da partida. Foi assim que passou a dominar as ações
O segundo tempo começou com a retomada do equilíbrio. A primeira boa chance veio em erro de Gabriel Menino. Suárez interceptou um passe do meia e lançou Júnior Santos. O atacante ficou cara a cara com Weverton, que salvou mais uma vez.
A chegada foi aperitivo para o ataque seguinte, quando Luiz Henrique se sobrepôs ao lado esquerdo da defesa palmeirense e encontrou Tiquinho Soares livre para bater para o gol aberto e abrir o placar. O camisa 7 do Botafogo colecionou dribles para cima de Piquerez e Murilo.
O gol não tirou os palmeirenses do jogo, nem diminuiu a qualidade do futebol praticado no Engenhão. Piquerez e Flaco exigiram de John pouco depois da abertura do placar. Desta vez foi o Botafogo que tentava diminuir o ritmo da partida. A resposta de Abel Ferreira foi promover a estreia de Felipe Anderson.
O segundo tempo foi menos de medir estratégias e mais de disputas fortes em cada bola dividida. Isso não fez com que a partida perdesse o brilho de qualidade e equilíbrio. Subiu o nível de nervosismo dos palmeirenses, que precisavam empatar.
Aos 33 minutos, Estêvão tentou finalizar dentro da área e foi bloqueado por Barboza. O garoto precisou sair com dores no tornozelo. Maurício estreou ao entrar no lugar dele.
Weverton e John continuaram a fazer boas defesas, enquanto os treinadores mexiam suas peças. As entradas de Dudu e Caio Paulista, ainda mais com a saída de Veiga, porém, não foram boas soluções para o Palmeiras buscar o empate.
O próximo compromisso do Palmeiras é no sábado, às 21h, contra o Cruzeiro, no Allianz Parque. No mesmo dia, mas às 18h30, o Botafogo recebe o Internacional, novamente no Engenhão.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 1 x 0 PALMEIRAS
BOTAFOGO - John; Damián Suárez, Bastos, Alexander Barboza e Marçal; Gregore, Marlon Freitas (Danilo Barbosa) e Luiz Henrique (Kauê); Savarino, Júnior Santos (Igor Jesus) e Tiquinho Soares (Tchê Tchê) Técnico: Artur Jorge.
PALMEIRAS - Weverton; Marcos Rocha (Mayke), Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Aníbal Moreno, Gabriel Menino (Felipe Anderson) e Raphael Veiga (Caio Paulista) ; Rony (Dudu), Estevão (Maurício) e Flaco López. Técnico: Abel Ferreira.
GOL - Tiquinho Soares, aos 10 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Anderson Daronco (Fifa-RS).
CARTÕES AMARELOS - Alexander Barboza e Damián Suárez.
PÚBLICO - 39.570 presentes.
RENDA - R$ 2.545.730,00.
LOCAL - Engenhão, no Rio (RJ).
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