Após brilhar no saibro de Roland Garros, Beatriz Haddad Maia já começou a pensar na grama. Sem tempo para descansar, a tenista brasileira já definiu o seu calendário para a curta temporada disputada sobre o piso rápido e que culmina com Wimbledon, no início de julho, em Londres.
De Paris, Bia viaja para a Inglaterra para disputar a partir de segunda-feira o Torneio de Nottingham, na primeira semana de grama no ano. Na sequência, a partir do dia 19, ela estará em Birmingham. E, na semana seguinte, estará em Eastbourne, em outro torneio britânico de preparação para Wimbledon.
Nestas três competições, a brasileira jogará apenas na chave de simples, deixando a disputa das duplas somente para o Grand Slam britânico. Ela formará dupla mais uma vez com a experiente belarussa Victoria Azarenka, ex-número 1 do mundo em simples.
Bia e o técnico Rafael Paciaroni decidiram por fazer a temporada completa na grama, sem intervalo após a campanha histórica em Roland Garros, para que a brasileira ganhe ritmo rapidamente no piso mais rápido e traiçoeiro do circuito. Bia vem de quatro torneios consecutivos sobre o saibro, a superfície mais lenta do tênis.
A curta temporada de grama vai trazer boas lembranças para Bia. Foi justamente sobre o piso rápido que a brasileira obteve sua melhor sequência de jogos no circuito até hoje. No ano passado, ela conquistou seus primeiros títulos de nível WTA, em simples, em Nottingham e Birmingham. Foi também campeã nas duplas no primeiro, totalizando três troféus em apenas duas semanas. Além disso, alcançou a semifinal em Eastbourne.
Bia chegará para a temporada de grama com a confiança em alta. Em Roland Garros, a atleta de 27 anos obteve uma campanha histórica tanto para ela quanto para o tênis nacional. Ao ficar entre as quatro melhores tenistas do Grand Slam de Paris, ela entrou no seleto grupo de apenas cinco brasileiros que já alcançaram esta fase num torneio deste nível.
Além disso, ela se tornou a primeira brasileira numa semifinal de Roland Garros desde 1966, quando Maria Esther alcançou tal fase. A lenda do tênis brasileiro foi finalista e vice-campeã do torneio francês em 1964. Ela foi ainda a primeira tenista nacional a alcançar uma semifinal em um Grand Slam desde 1968, quando Maria Esther foi uma das quatro melhores do US Open.
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