O atacante francês Karim Benzema não vem rendendo o esperado no futebol árabe e ganhou uma nova preocupação nesta semana: o jogador do Al-Ittihad foi acusado pelo ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, de ter vínculo com o grupo islâmico Irmandade Muçulmana. Irritado, o ex-atleta do Real Madrid negou e prometeu processar o funcionário do governo que o acusou por "injúria."
"Não podemos aceitar que aqueles que governam pensem que estão autorizados a fazer o que quer que seja por puro oportunismo", declarou o advogado de Benzema, Hugues Vigier, ao jornal Le Parisien, revoltado com as acusações após o atacante prestar apoio público aos civis palestinos na guerra contra Israel. "Benzema está planejando processar Darmanin por difamação, ou até mesmo calúnia pública".
Não é a primeira autoridade que o jogador processa por causa do assunto Palestina/Israel/Hamas. O atacante já entrou com ação contra a deputada europeia Nadine Morano (do partido de direita Os Republicanos) por difamação. A política definiu o futebolista como "elemento de propaganda do Hamas".
Não bastassem as acusações de Darmanin e de Nadine, Benzema viu nesta quarta-feira a senadora Valérie Boyer, do mesmo partido Os Republicanos, pedir a retirada da cidadania francesa do atacante, que apesar de ter nascido no país europeu, tem passaporte argelino por causa de seus familiares.
Hugues Vigier aproveitou para descartar tal possibilidade. "Uma medida dessas é impossível, porque ele é francês e tem pais franceses. Isso lembra o que aconteceu na Alemanha nazista", alertou o advogado, revelando que Benzema também estuda apresentar ação judicial contra a senadora.
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