Afundado na zona de rebaixamento e dono do segundo pior ataque do Brasileirão, com somente três gols anotados, todos na vitória diante do Fluminense, o Corinthians terá 10 dias para se armar para o duelo com outro ameaçado, o Atlético-GO, fora de casa. O técnico António Oliveira espera aproveitar a pausa para achar uma estratégia para sua equipe repetir na competição o que vem fazendo bem na Copa sul-americana: gols.
Se diante dos rivais do continente a equipe é arrasadora na frente, com 14 bolas nas redes adversárias, contra os times do País a história muda. Tanto que os três gols diante do Fluminense foram "dados" pelo rival.
O técnico corintiano precisa arrumar a equipe na hora de propor a partida. O Corinthians até tem a posse de bola, mas na hora de finalizar, decepciona. Contra o Botafogo, por exemplo, Yuri Alberto bateu uma bola que foi para a lateral e Romero, sozinho, mandou para fora. Falta capricho e calma ao setor ofensivo.
Dar confiança a quem vem atuando parece ser a saída inicialmente. António Oliveira vê a equipe "criando em todos os jogos" e não acena com mudanças. Mesmo com um centroavante grandalhão no banco: Pedro Raul. O esquema, antes com três atacantes, foi modificado para 0 4-4-2 com a entrada de Igor Coronado e uma das metas é dar ritmo ao meia, que sofre com contusões musculares.
Desencantar contra os goianos no Antônio Accioly será importante por causa da dura sequência logo depois. Como as partidas das oitavas da Sul-Americana ocorrem somente em agosto, o Corinthians terá rivais de peso no Brasileirão em sua luta para a fuga da zona de rebaixamento.
E foi justamente no poder dos times da elite nacional que António Oliveira jogou a culpa pela falta de gols no Brasileirão. Ocorre que após encarar os goianos, o time terá três oponentes brigando na parte de cima da tabela: o clássico com o São Paulo na Neo Química Arena, depois Internacional e Athletico-PR fora de casa.
Depois de sofrer na temporada passada para escapar da queda, o Corinthians faz campanha bem pior e a torcida já dá demonstração de medo. A situação ofensiva é tão ruim que o clube acena com possível contratação de Deyverson, ex-Palmeiras e persona non grata entre os corintianos, por indicação do técnico português.
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