O jornalista André Rizek tratou com bom humor o golpe do qual foi vítima ao procurar ingressos para ver o desfile das escolas de samba de segunda-feira, no Sambódromo Marquês de Sapucaí, no Rio. Durante o programa Seleção SporTV, ele contou que perdeu cerca de R$ 100, mas se divertiu com a situação, especialmente em razão do empenho da golpista em manter a personagem mesmo após já ter embolsado o dinheiro.
"Só quem tem rede social cai no golpe que eu caí. Assim, não é aquele golpe... sou trouxa, mas com limites, meu golpe foi de R$ 100, não é aquele golpe de milhares de reais de camarote. Foi bacana porque eu interagi com o golpista ao longo do dia, foi maravilhoso. Eu estava buscando ingresso para a Sapucaí de última hora, não me planejei, e de última hora você faz bobagem", disse.
Acompanhado na mesa do programa esportivo por Paulo Nunes, Luiz Carlos Júnior e PC Vasconcellos, Rizek contou que tudo começou quando fez uma busca nas redes sociais e encontrou o perfil de uma mulher que se dizia médica vendendo uma entrada. Achou-a convincente e decidiu dar um voto de confiança.
"Decidi dar uma busca na rede social, ver quem está vendendo. Eu queria ir de arquibancada este ano, que era o que dava, inclusive, e aí me deparei com o perfil de uma médica residente, tão apaixonada pela profissão que ela postava fotos dela trabalhando no dia a dia, no hospital, o esforço, concluindo a faculdade. Aí entrei no perfil, foi criado no ano passado, não foi agora. Aí eu pensei: 'é um golpe que dá pra cair neste perfil aqui'. Mandei mensagem direta: 'estou procurando ingresso e tal'. Aí ela falou: 'o pix é do meu companheiro, o Jonathan'. Jonathan, recebeu cenzão meu aí, hein!", brincou o jornalista, arrancando risadas dos colegas.
Rizek insistiu na ideia de comprar o ingresso junto à suposta médica mesmo depois que o aplicativo do seu banco sinalizou a possibilidade de golpe. Depois que o estrago estava feito, ele passou cerca de três horas conversando com a golpista, que usou vários argumentos e versões antes de bloquear o apresentador.
"O aplicativo do meu banco avisou: 'é golpe hein, celular novo, tem certeza?'. Aí eu falei: 'é a médica, cara'. Quando passou para o WhatsApp, era o filho dela na foto, era uma pessoa família. Tudo bem, caí no golpe. Já com dinheiro em conta, o golpista ou a golpista, não sei, manteve o personagem. Falei: 'caí no golpe, parabéns, perdi 100 reais'. E ela: 'Não, vai chegar o convite, eu sou médica'. Umas três horas a gente conversando. 'Não, é que o meu WiFi... você passou o e-mail certo, vê o seu spam'. Eu comecei a achar engraçado. Só no fim do dia que a golpista bloqueou", concluiu.
O relato também foi reproduzido pelo jornalista em sua página do Twitter. "Não era só golpe - pelo valor, sinceramente, teria de vender muitos para valer a pena. Era esforço genuíno de criação de personagem, enredo, talvez treinando para voos maiores. Jamais saberei. No fim do dia, enfim, fui bloqueado. Já tinha o ingresso (OBRIGADO) que ganhei no bolso", escreveu ao fim da história.
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