A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) só vai definir quem substitui o técnico Tite no comando da seleção brasileira em janeiro. Mas, o italiano Carlo Ancelotti, um dos nomes em evidência para assumir o cargo, deu uma declaração nesta segunda-feira que podem mudar o rumo da decisão da entidade ao dizer que só sai do Real Madrid caso seja demitido.
Inicialmente, a CBF estava disposta a esperar até junho, quando acaba a temporada europeia, para contar com Ancelotti. A seleção brasileira só volta a jogar em março após a queda nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, e um comando interino não estava descartado. Mas os planos devem ser alterados.
"Treinar o Brasil? O futuro eu não sei, sou um velhote e estou muito bem aqui", disse Ancelotti, mostrando satisfação na direção do Real Madrid, em entrevista à rádio Rai, da Itália. "Temos muitos objetivos ainda no Real Madrid e há tempo para pensar no futuro", afirmou, antes de sentenciar: "Tenho contrato com o Real Madrid até 2024 e se não me mandarem embora, eu não me mexo."
Assim que a seleção brasileira caiu no Catar, diante da Croácia, nos pênaltis (1 a 1 na prorrogação e 4 a 2 nas penalidades), o presidente Ednaldo Rodrigues emitiu uma nota oficial para garantir que a CBF não estava em tratativas com nenhum treinador para a vaga de Tite. Quis acabar com os rumores de que já haviam negociações em andamento.
Apesar de muitos ídolos do País e até treinadores dizerem que não veem motivos para a contratação de um estrangeiro para o comando da seleção no ciclo até a Copa do Mundo de 2026, Ednaldo deixou as portas abertas para um comandante de fora do Brasil. Mas tudo será decidido somente após as festas de fim de ano.
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