Não faz muito tempo, gigantes da Europa tentaram se unir para criar uma Superliga para organizar sua própria Liga dos Campeões. Ao pouco, porém, a ideia acabou ruindo com muitos clubes desistindo de peitar a Uefa. Neste sábado, em Istambul para acompanhar a final entre Manchester City e Inter de Milão, o presidente do Paris Saint-Germain, Al Khelaifi, que dirige a Associação Europeia de Clubes (ECA), celebrou que a Juventus também declinou da ideia, sobrando apenas Real Madrid e Barcelona na busca para formar uma nova entidade.
A Juventus anunciou nos últimos dias que não apoiaria mais a criação da Superliga após todos os clubes grandes da Inglaterra, rivais na Itália, mais Porto, Benfica, Bayern e Paris Saint-Germain, entre outros, voltarem atrás e seguirem nas competições organizadas pela Uefa.
"Acho que é a decisão certa e inteligente da parte dela (Juventus) deixar a chamada não tão Superliga", afirmou o líder do Catar nos bastidores do encontro em Istambul. "Não há futuro ali, não há projeto, não há nada, então faz sentido voltar para a família", disse, abrindo as portas para os italianos retornarem à ECA.
Al Khelaifi foi além em suas críticas sobre a Superliga. "É uma perda de tempo, energia e dinheiro, e tudo por nada. Então é melhor eles se concentrarem no clube, voltarem para a família e para o verdadeiro ecossistema do futebol. Pessoas inteligentes percebem erros e os corrigem", provocou. "Então, acho que é uma ótima decisão da Juventus. É claro que dou as boas-vindas a todos que percebem seu erro. E é isso que eles deveriam fazer. Aplica-se à Juventus e a todas as outras."
Questionado sobre os problemas vividos pelo clube italiano e também pelo Barcelona na Justiça Esportiva, com investigações e até perda de pontos, caso da Juventus, El Khelaifi não quis se aprofundar no assunto. Mas admitiu que fora do ECA, os clubes teriam mais respaldo.
"São problemas deles que não vou entrar no mérito, têm os seus próprios advogados que os ajudam a resolvê-los. Claro, se eles quiserem retornar como membros da ECA, eu os encorajaria totalmente a fazê-lo", disse. "Honestamente, acho que é o melhor para eles, estarão em uma posição melhor. As pessoas vão respeitá-los mais, tentar ajudá-los mais. No momento, estão sozinhos e parece que estão contra todos, o que não é bom para eles. Não estou criticando ninguém, sabem o que fizeram e o que devem fazer a seguir."
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