Acusado de matar a maratonista olímpica Rebecca Cheptegei, Dickson Ndiema morreu num hospital do Quênia em consequências de queimaduras causadas pelo ataque a fogo que fez contra a atleta no dia 1º de setembro. Ndiema, que era namorado de Rebecca, faleceu na segunda-feira, mas a morte só foi confirmada nesta terça.
De acordo com o Moi Referral Hospital, da cidade queniana de Eldoret, Ndiema teve 30% do seu corpo queimado. As lesões foram causadas pelo ataque que ele mesmo causou contra sua então namorada, que sofreu queimaduras em 80% do corpo. A morte de Rebecca aconteceu na quinta-feira da semana passada.
A corredora de Uganda, que treinava no Quênia, havia participado da maratona nos Jogos de Paris-2024 há menos de um mês. Ela terminou a prova na 44ª colocação. "Estamos profundamente tristes em anunciar o falecimento de nossa atleta, Rebecca Cheptegei, no início desta manhã, que tragicamente foi vítima de violência doméstica. Como federação, condenamos tais atos e pedimos justiça. Que sua alma descanse em paz", afirmou a Federação de Atletismo de Uganda, na quinta passada.
O comandante da polícia do condado de Trans Nzoia, Jeremiah ole Kosiom, havia afirmado na semana passada que o namorado de Cheptegei havia comprado uma lata de gasolina, derramara sobre ela e a incendiou durante uma discussão no dia 1º.
Os pais de Cheptegei disseram que sua filha havia comprado terras em Trans Nzoia para ficar perto dos muitos centros de treinamento de atletismo da região, famosos mundialmente pelo alto nível de preparação física para provas de longa distância. Um relatório arquivado pelo chefe local disse que os dois foram ouvidos brigando pelo terreno onde sua casa foi construída dias antes do ataque.
O enterro de Rebecca Cheptegei deve acontecer em Uganda no próximo sábado.
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