Marcelinho Paraíba foi apresentado no início da temporada como um dos principais reforços do pacotão de contratados. Depois chegaram ainda Cicinho, Alex Silva e Cléber Santana. Mas Marcelinho - o Paraíba foi retirado de sua camisa - ganhou a camisa 11 e tudo indicava que seria titular em boa parte da temporada. Até começou assim, e fez um gol logo na sua reestreia pelo São Paulo. Mas aos poucos foi perdendo espaço e nesta quinta-feira nem foi relacionado entre os 18 jogadores para a partida contra o Nacional.
Ele sabe que para se garantir no São Paulo terá de mostrar muito mais do que vem fazendo. O técnico Ricardo Gomes já o utilizou como meia e como atacante. Desde que voltou ao Morumbi, disputou 11 partidas e fez dois gols. E Marcelinho sabe que não viverá apenas da fama. Na partida em Assunção, contra o mesmo Nacional, ele foi titular e acabou saindo no intervalo. Nas outras duas da Libertadores também começou jogando.
COADJUVANTE - Mas o que levou o treinador a sacar do grupo de 18 atletas um jogador que foi titular nas três primeiras partidas da Libertadores? O próprio Marcelinho tem dificuldade para entender a situação. Recentemente, explicou que no Coritiba era a estrela maior e agora um é coadjuvante.
Foi por causa de suas boas atuações no Coritiba que o São Paulo decidiu trazê-lo novamente para o Morumbi. Lá ele era o capitão e líder da equipe. Fez 14 gols no Campeonato Brasileiro e garantiu muitas vitórias ao time.
Situação semelhante vive Carlinhos Paraíba, contratado também do Coritiba. Ele chegou com um status não tão grande quanto o de Marcelinho, mas com respaldo do presidente Juvenal Juvêncio.
Só que seu rendimento nos treinos e nos jogos de que participou (foram apenas quatro) não agradou a Ricardo Gomes.
Para trazê-lo do futebol paranaense antes do início da temporada a diretoria cedeu Rafinha ao Coritiba. Se não tivesse feito isso, precisaria esperar até o fim do contrato do meia - que terminaria no final deste mês. O investimento, até agora, não valeu.
PAULISTA - O São Paulo quer aproveitar as duas próximas rodadas do Paulistão para encaminhar sua classificação para a próxima fase. Em terceiro lugar com 27 pontos, e faltando cinco jogos para o fim da primeira fase, o time terá pela frente dois adversários teoricamente mais fracos: Mogi Mirim, domingo, em casa, e Bragantino, fora, na próxima quarta.
Se vencer esses dois confrontos, poderá encarar os rivais que estão na parte de cima da tabela com mais tranquilidade - o São Paulo enfrenta Corinthians (quarto lugar), Botafogo (quinto) e Santo André (segundo).
E, para complicar, logo depois do clássico diante do Corinthians, fará uma viagem desgastante ao México para pegar o Monterrey em partida decisiva pela Copa Libertadores.
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