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Inter de Milão bate Mazembe e é campeão mundial

Inter campeão. Quando é que algum colorado poderia imaginar que a combinação dessas duas palavras machucaria tanto? É que o Inter campeão não veste vermelho, não é brasileiro, não levou uma multidão de fãs a Abu Dhabi. O Inter campeão mundial é azul e

Da Redação

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 Zanetti levanta a taça do Mundial conquistada pelo Inter de Milão
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Zanetti levanta a taça do Mundial conquistada pelo Inter de Milão
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.12.2010, 07:12:00 Editado em 27.04.2020, 20:53:47
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Inter campeão. Quando é que algum colorado poderia imaginar que a combinação dessas duas palavras machucaria tanto? É que o Inter campeão não veste vermelho, não é brasileiro, não levou uma multidão de fãs a Abu Dhabi. O Inter campeão mundial é azul e preto, fala italiano, teve torcida bem mais discreta em terras árabes. O Internazionale fez aquilo que seu xará gaúcho não conseguiu: bateu o Mazembe, da República Democrática do Congo, por 3 a 0 na noite deste sábado, no Zayed Sports City, e alcançou o topo do planeta.

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Os africanos tinham a simpatia de muita gente: dos árabes, da Fifa e até dos colorados, eliminados por eles, mas que ficaram no estádio para apoiar os algozes. Até gritaram o nome do time congolês e xingaram o juiz. Não adiantou. Com gols precoces, primeiro de Pandev e depois de Eto’o, e outro de Biabiany na etapa final, o time italiano alcançou uma vitória sossegada.

É o primeiro título mundial do Internazionale no novo formato do torneio, com equipes de todos os continentes. Antes, o clube milanês havia vencido duas edições (1964 e 1965) na antiga fórmula, com duelo direto entre os campeões da Europa e da América do Sul. Ao Mazembe, resta a ressalva de ter sido o primeiro time africano a alcançar a final em um torneio organizado pela Fifa.

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3 a 0 Inter de Milão

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A vantagem no placar fez com que o Inter de Milão jogasse com todo o conforto no segundo tempo. O Mazembe até voltou com boa posse de bola, tramando jogadas, triangulando, criando. Mas não conseguia ameaçar o suficiente para tirar a estabilidade do adversário. A defesa interista parecia uma fortaleza inabalável. Os italianos correram pouco risco.

Kaluyituka poderia ter descontado. Entrou na área aos dribles, passou por Julio Cesar, mas aí ficou na dúvida entre pedir pênalti ou seguir a jogada. Acabou desperdiçando uma oportunidade rara. Eto’o respondeu. Da entrada da área, mandou uma pancada, mas Kidiaba espalmou. E aí veio a resposta da resposta: Kabangu cruzou, Kaluyituka desviou, Julio Cesar salvou. O lá e cá terminou com o terceiro gol europeu, marcado por Biabiany, aos 40 minutos da etapa final, após passe de Stankovic.

Em um segundo tempo bem menos empolgante, ficou a imagem da torcida colorada fazendo mais festa do que os torcedores italianos. Os brasileiros cantaram, pularam, botaram os árabes para se mexer. Cada vez que gritaram “Inter”, receberam aplausos dos xarás europeus nas arquibancadas. Não saíram com o título, mas poderão dizer, sem mentir, que fizeram festa em mais um dia em que as palavras Inter e campeão andaram juntas.

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Zebra domada

Foram 17 minutos de alguma esperança para os africanos. E só. Não demorou para a zebra congolesa ser domada pelo Internazionale – mais técnico, mais tático, mais experiente. A empolgação do Mazembe foi suprimida pelo talento de figuras como Cambiasso, Maicon, Diego Milito e Samuel Eto’o. E os italianos alcançaram aquilo que mais faltou aos colorados nas semifinais: a capacidade de fazer o gol.

Se o Inter sul-americano passou o jogo todo em busca de um gol que jamais existiu contra o Mazembe, o xará europeu matou a questão fácil, fácil. Após dez minutos de equilíbrio, prevaleceu a bola no pé da equipe milanesa. Eto’o, pela direita, descolou passe para Pandev, que dominou, mirou o gol defendido pelo goleiro Kidiaba e mandou o chute. A bola morreu no canto do excêntrico guarda-redes do Mazembe. Estava trilhado o caminho da vitória.

Os africanos mal puderam assimilar o golpe. Cinco minutos depois do primeiro gol, saiu o segundo. O Internazionale tramou jogada pelo lado direito de ataque, e a bola sobrou nos pés de Samuel Eto’o. O camaronês teve conclusão milimétrica, precisa, novamente fora do alcance de Kidiaba. O placar de 2 a 0 escancarava quem seria campeão mundial de futebol.

O jogo ganhou pinta de goleada. O Mazembe ficou no meio-termo entre a necessidade de atacar e o temor de ser goleado. Quando conseguiu avançar, a equipe africana esbarrou na solidez defensiva do Inter de Milão, que ainda teve duas chances claras com Diego Milito, ambas interrompidas por defesas de Kidiaba.

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