Este sábado (23) é um dia de festa para o esporte mundial: Pelé, o maior jogador de todos os tempos, o Atleta do Século, o Rei do Futebol, completa 70 anos.
O protagonista da festa, no entanto, preferiu se esconder das homenagens: Pelé passou os últimos dias sem aparecer, disse que não daria entrevistas exclusivas e nem confirmou presença no jogo de seu clube de coração, o Santos, que enfrenta no domingo (24) o Grêmio Prudente.
Nesse dia, o Peixe fará várias homenagens a seu mais ilustre jogador e sócio, e dará a Neymar, seu maior ídolo hoje, a camisa 70, em referência à nova idade do Rei.
A comemoração discreta de Pelé contrasta com os números hiperbólicos que o envolvem: foram 1.283 gols, que o tornam o maior artilheiro do futebol reconhecidos pela Fifa; três títulos mundiais; 14 gols em Copas do Mundo; 11 vezes goleador do Campeonato Paulista, sendo nove em seguida; 58 gols marcados numa só edição do mesmo Paulistão, em 1958; e mais centenas de recordes e feitos.
Há 33 anos sem disputar uma partida como profissional, e 20 anos depois de seu último jogo, Pelé ainda é uma das pessoas mais conhecidas do mundo. Uma busca por seu nome no Google gera 10,5 milhões de resultados; seu perfil na Wikipedia está disponível em 69 línguas diferentes, do universal inglês ao yorubá; centenas de comunidades no Orkut são dedicadas a ele, a maior dela com mais de 100 mil membros.
Nada mal para um menino pobre, nascido em Três Corações (MG), filho de uma dona de casa e um jogador de futebol de pouco sucesso, que vivia lutando contra contusões.
A história é mais do que conhecida: a família se mudou para Bauru, onde Pelé deu os primeiros chutes “oficiais” com a camisa do Baquinho, como era conhecido o time de garotos do Bauru Atlético Clube. Um dia foi descoberto pelo ex-jogador Valdemar de Brito, que o levou a Santos, no meio da década de 1950.
Precoce, Pelé estreou entre os profissionais do Santos aos 15 anos, aos 16 fez sua primeira partida pela seleção brasileira e aos 17 foi campeão do mundo e consagrado como o maior jogador de futebol sobre a Terra. Levou multidões aos campos, parou uma guerra na África, “expulsou” um juiz que lhe havia tirado de campo – a torcida, na Colômbia, mandou o árbitro embora e foi buscá-lo no vestiário.
Hoje, aos 70 anos, a figura de Pelé ainda desperta um fascínio impressionante.
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