O governo decidiu nesta segunda-feira (18) aumentar de 4% para 6% o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para investimentos de estrangeiros em renda fixa (aqueles que possuem um lucro determinado).
O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em São Paulo. A mudança é uma tentativa do governo de frear a desvalorização do dólar frente ao real, que ocorre devido à entrada de excessiva da moeda estrangeira no país.
Na semana passada, a moeda estrangeira caiu ao menor patamar desde a crise financeira de 2008, sendo cotada a R$ 1,65. Nesta segunda-feira, o dólar fechou a R$ 1,66. A boa notícia, no entanto, é que ficou mais barato viajar ao exterior, já que grande parte dos pacotes turísticos é calculada na moeda estrangeira.
No início do mês, o governo já havia aumentado o imposto de 2% para 4% para as aplicações de estrangeiros em renda fixa. Esses investimentos podem ser um fundo, títulos do governo ou do Tesouro Nacional, de empresas ou de bancos (como os CDBs - Certificados de Depósitos Bancários). Esse aumento da alíquota não deve ter impacto para os investimentos dos brasileiros.
A preocupação com a valorização excessiva do real frente ao dólar envolve tanto o comércio exterior como também riscos à economia brasileira. Mais cedo, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que o governo tem acompanhado com atenção o fluxo cambial, que é a entrada e a saída de dólares no país, a fim manter o equilíbrio nas contas do governo.
Com o dólar em queda, os produtos brasileiros se tornam mais caros no exterior, o que tira a competitividade frente ao comércio estrangeiro. Na economia, o risco é de ocorrerem "bolhas" - quando acontece um investimento excessivo em um determinado setor - segundo Meirelles.
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