Uma tarde de domingo com glória para o Brasil. A Seleção Masculina de Vôlei sagrou-se tricampeão mundial, ao vencer, de forma impecável, o forte selecionado de Cuba por 3 sets a 0.
O time brasileiro esbanjou categoria e agora é só comemorar o título inédito para o País.
O JOGO - Em um jogo mais fácil do que o esperado, o Brasil levou o tricampeonato da Liga Mundial de Vôlei ao vencer Cuba por 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/14 e 25/22, neste domingo, 10, em Roma. A final durou apenas 1 horas e 14 minutos.
Com a conquista, o Brasil repetiu o feito da Itália, que faturou três títulos mundiais consecutivos (1990, 1994 e 1998). A terceira vitória brasileira - as outras foram em 2002 e 2006 - veio em uma final inédita e na primeira que não envolveu uma seleção europeia. Além disso, serviu como vingança para a derrota por 3 sets a 2 na primeira fase do Mundial. Já os cubanos buscavam o título inédito, mas repetiram o vice-campeonato mundial de 1990 quando perderam a final para a Itália, no Rio, também por 3 sets a 0. A seleção da Sérvia terminou a competição em terceiro lugar e a anfitriã Itália conseguiu apenas o quarto lugar.
A conquista do título mundial pelo Brasil também rendeu feitos individuais aos jogadores e comissão técnica. Bernardinho se tornou o primeiro treinador a faturar três títulos mundiais, enquanto Vissotto igualou Nalbert ao ser campeão mundial infantil, juvenil e adulto. Além disso, Giba, Rodrigão e Dante são os únicos brasileiros presentes nos três títulos mundiais.
Para ser campeão neste domingo, o Brasil precisou superar problemas de lesões com seus levantadores. Marlon ficou afastado dos primeiros jogos por conta de uma colite e Bruninho se contundiu durante as semifinais, mas participou da decisão.
Outro problema foi a polêmica derrota para a Bulgária por 3 sets a 0, quando Bernardinho poupou alguns jogadores e o comportamento da equipe foi duramente criticado, já que o revés favoreceu o Brasil, que passou para um grupo teoricamente mais fácil na terceira fase do Mundial.
As mudanças realizadas na equipe após a conquista da medalha de prata na Olimpíada de Pequim, em 2008, mostraram efeitos positivos, com a confirmação do surgimento de grandes jogadores brasileiros, como Leandro Vissotto. Mas jogadores experientes, como Murilo e Dante, também foram fundamentais para o título.
Escalação de Bruninho foi surpresa
A surpresa na escalação brasileira foi a presença de Bruninho, que sofreu uma lesão no tornozelo esquerdo durante o jogo de sábado, pelas semifinais, contra a Itália. O levantador realizou tratamento intensivo durante a última noite e foi para o jogo.
O Brasil se impôs diante de Cuba no primeiro set e apostou em Leandro Vissotto para abrir uma boa vantagem logo no começo do jogo. O oposto fez seis pontos na primeira parcial e a equipe foi ao primeiro tempo técnico com uma vantagem de cinco pontos (8 a 3) e seis ao segundo (16 a 10). Os cubanos ainda esboçaram uma reação, mas a seleção brasileira fechou a parcial em 25 a 22, em 26 minutos, com um ponto de Théo.
O domínio inicial brasileiro se repetiu no segundo set, com a equipe indo ao primeiro tempo técnico novamente com uma vantagem de cinco pontos (8 a 3), que foi ampliada para seis na segunda parada (16 a 10). A parcial foi vencida por 25 a 15, em 22 minutos, com o Brasil se aproveitando do excesso de erros cometidos pelos cubanos e novamente com boa atuação de Vissotto, que fez o último do set e outros quatro.
O terceiro set foi o mais disputado da final, mas o Brasil voltou a ir para o primeiro tempo técnico em vantagem (8 a 7). A equipe dirigida por Bernardinho, porém, se impôs em quadra e abriu quatro pontos (16 a 12). Assim, a seleção brasileira precisou apenas administrar a sua vantagem e apostar em um inspirado Vissotto, que marcou o último ponto e outros 18 na partida, para triunfar por 25 a 22, vencer a partida por 3 sets a 0, e faturar o seu terceiro título mundial, confirmando a sua supremacia no vôlei.
(Com estadao.com.br e Agência Estado)
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