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Aos 68 anos, morre Bebeto de Freitas, líder da geração de prata

CAROLINA LINHARES BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O ex-jogador de vôlei, ex-técnico da seleção brasileira e dirigente esportivo Bebeto de Freitas morreu nesta terça-feira (13), aos 68 anos, em Belo Horizonte. Ele sofreu uma parada cardíaca pouco depois

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.03.2018, 20:45:00 Editado em 13.03.2018, 20:45:10
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CAROLINA LINHARES

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BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O ex-jogador de vôlei, ex-técnico da seleção brasileira e dirigente esportivo Bebeto de Freitas morreu nesta terça-feira (13), aos 68 anos, em Belo Horizonte.

Ele sofreu uma parada cardíaca pouco depois de participar do evento de lançamento do time de futebol americano do Atlético-MG, no centro de treinamento Cidade do Galo. Bebeto trabalhava no clube mineiro como diretor de administração e controle.

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O dirigente passou mal no restaurante do hotel do centro de treinamento. Um helicóptero do Samu pousou no local, mas os médicos não conseguiram reanimar Bebeto, que não chegou a ser levado para um hospital.

O Atlético-MG decretou luto oficial de três dias.

"Sempre gostei de gente de bem e honesta ao meu lado. Por isso gostava de estar perto de você. Encontramos mais tarde, Bebeto", escreveu Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Atlético-MG.

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Ex-jogador de vôlei, Bebeto de Freitas foi levantador da seleção brasileira os Jogos Olímpicos de Munique-1972 e Montréal-1976.

Após a Olimpíada de Moscou, em 1980, assumiu, aos 30 anos, a função de técnico da equipe brasileira masculina. À frente da seleção, comandou uma revolução no vôlei brasileiro. Com ele, o país despontou no esporte e a seleção masculina passou a ser protagonista, em especial após o vice-campeonato mundial em 1982.

Dois anos depois, conseguiu feito ainda mais importante no esporte: comandou o time na conquista da medalha de prata nos Jogos de Los Angeles-1984, num time em que que tinha William, Montanaro, Renan e Bernard, entre outros.

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Bebeto teve sucesso no vôlei italiano, como técnico do Maxicono Parma, cinco vezes campeão nacional. Ele também treinou a seleção da Itália, a partir de 1997. No ano seguinte, venceu o Mundial.

Sobrinho do jornalista João Saldanha, Bebeto tinha temperamento forte e não foram poucas as vezes em que entrou em confronto com dirigentes importantes do esporte brasileiro.

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Entre eles Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e do COB (Comitê Olímpico do Brasil), com quem se desentendeu várias vezes enquanto comandava a seleção brasileira.

Quando Nuzman foi preso em outubro de 2017, sob suspeita de participar da compra de votos para a escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, Bebeto de Freitas chorou ao comentar o caso.

"Estou triste. Trabalhei pra caramba. Não trabalhei para ele ser preso, não. Trabalhei pra c... pra esse vôlei do Brasil. Essas coisas [corrupção no esporte] perduram por culpa nossa. Daqueles que não tiveram coragem de botar o dedo na ferida e falar [...] Esses anos todos, sempre soubemos, sempre tivemos certeza de que coisas erradas aconteciam", afirmou.

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HOMENAGENS

Em nota, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) se solidarizou com os familiares e manifestou profundo pesar pela morte de Bebeto.

"As conquistas e o trabalho ficarão para sempre na história do esporte olímpico brasileiro", declarou.

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A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), também em nota, diz estar estarrecida com a notícia da morte "deste que foi um ícone do vôlei e do esporte brasileiro".

A entidade diz que as equipes que disputam a Superliga masculina e feminina de vôlei e as duplas do Circuito Brasileiro de vôlei de praia irão respeitar um minuto de silêncio antes das partidas até o próximo domingo (18).

FUTEBOL

Não foi somente no vôlei que Bebeto de Freitas atuou. Ele também trabalhou como dirigente no futebol. Foi manager no Atlético-MG em 1999, durante a gestão do presidente Nelio Brandt.

Entre 2003 e 2008, foi também presidente do Botafogo, seu time de coração.

Em nota, o clube do Rio afirma que o dirigente teve papel fundamental na reconstrução do equipe no início do século.

Ele assumiu o clube após a queda para a Série B do Brasileiro e esteve à frente da campanha de volta à primeira divisão no ano seguinte.

"Sempre foi um botafoguense apaixonado, além de defensor do esporte brasileiro. Toda solidariedade do Botafogo a familiares e amigos", afirmou o clube em nota.

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