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Palmeiras gasta R$ 40 mil por jogo para não usar catracas da WTorre

DIEGO GARCIA E EDUARDO GERAQUE SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Apesar de o Allianz Parque contar com catracas instaladas pela construtora WTorre, que poderiam ser usadas gratuitamente pelo Palmeiras, o clube paga aluguel de outros equipamentos de controle de

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.03.2018, 02:15:00 Editado em 08.03.2018, 02:15:10
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DIEGO GARCIA E EDUARDO GERAQUE

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Apesar de o Allianz Parque contar com catracas instaladas pela construtora WTorre, que poderiam ser usadas gratuitamente pelo Palmeiras, o clube paga aluguel de outros equipamentos de controle de acesso em seus jogos a uma empresa terceirizada.

O clube gasta, em média, cerca de R$ 40 mil por partida por serviços relativos às catracas e outros gastos envolvendo o controle de acesso ao estádio.

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O Palmeiras terceiriza as ações à FutebolCard, empresa que também administra o sistema de sócio-torcedor do time alviverde, o Avanti, e que já era parceira do clube mesmo antes da inauguração do Allianz Parque.

Nos jogos de futebol, o sistema de leitura dos ingressos da WTorre, utilizado, por exemplo, em shows no estádio, é desligado e um outro mecanismo de validação dos bilhetes, fornecido pela empresa que administra o programa Avanti, entra em ação.

Oficialmente, o Palmeiras e a WTorre não se pronunciam sobre o caso por estarem em disputa judicial. Mas fontes próximas à diretoria do clube afirmam que o sistema da WTorre é incompatível com a tecnologia do sistema Avanti. Por isso, o clube teve que recorrer a outro mecanismo de leitura.

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Além disso, essas pessoas argumentam que o contrato com a FutebolCard inclui a utilização de serviços de software para suporte ao sistema Avanti e que o uso das catracas seria uma cortesia. Ou seja: eles apontam que, mesmo que as catracas da WTorre fossem utilizadas, o clube continuaria tendo que pagar o mesmo valor pelo serviço.

O discurso é diferente do da gestão Paulo Nobre, antecessor de Maurício Galiotte. Na época, o Palmeiras alegava que não queria ceder a base de dados do sistema de sócios do clube à construtora.

Análise de pessoas próximas ao ex-presidente aponta que o banco de dados do Avanti é considerado valioso, porque reúne as informações cadastrais de aproximadamente 120 mil pessoas. Essas informações poderiam ser utilizadas para direcionar ações estratégicas de marketing de outras empresas.

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A diretoria do clube, na época da inauguração do estádio, em novembro de 2014, não queria entregar acesso ao banco de dados dos sócios do Avanti gratuitamente à WTorre, razão pela qual começou a discussão sobre as catracas.

A discordância entre clube e construtora é objeto de discussão em uma arbitragem, prevista no contrato para que litígios fossem solucionados fora do sistema judiciário.

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SEM ACORDO

Mesmo após a saída de Paulo Nobre da presidência do clube, Palmeiras e WTorre ainda estão longe de um acordo sobre o problema.

Segundo fontes do clube ligadas à atual gestão, a construtora sustenta, desde o início do acordo, que o sistema de controle de entrada usado por ela nos shows não registra os dados das pessoas que passam pelas catracas.

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Mesmo depois que ficou demonstrado que não havia risco dos dados serem lidos sem que se soubesse, as duas partes continuam em desacordo por outros motivos.

Agora, a discussão é sobre a tecnologia usada nos sistemas de leitura dos ingressos do sistema de sócio-torcedor do clube alviverde.

Técnicos da WTorre dizem que o Avanti usa uma tecnologia antiga, e que seria muito mais fácil, e barato, o Palmeiras atualizar o seu sistema de ingressos para algo mais moderno do que trocar as catracas do estádio.

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Por isso, caberia apenas ao time alviverde fazer a mudança para utilizar as catracas que já existem no Allianz Parque, mas que são desligadas em cada partida que o clube faz em sua própria arena.

O Palmeiras quer continuar com o seu sistema e não pretende fazer alterações, ao menos a curto prazo.

Tanto fontes ligadas à WTorre quanto ao Palmeiras afirmam que a construtora estuda incorporar a tecnologia considerada mais antiga para que os cartões do Avanti sejam lidos.

Procurada, a FutebolCard, empresa que fornece o serviço de catracas para os jogos do Palmeiras, afirma que só o clube falaria sobre o tema.

GASTOS

Ao longo dos últimos anos, o Palmeiras pode ter gasto, segundo estimativas de pessoas envolvidas com a polêmica, centenas de milhares de reais com o sistema de acesso ao estádio.

Os informes financeiros das partidas do Brasileiro de 2017 e do Paulista de 2018 mostram um gasto médio para o clube de R$ 46,3 mil por partida na rubrica "controle e emissão de ingressos". Oficialmente, o Palmeiras não diz quanto gasta com aluguel do equipamento.

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