MARCOS PEREIRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em campo, o Flamengo conta quase com força máxima. Mas fora dele, o time rubro-negro terá um problema para enfrentar o River Plate, nesta quarta-feira, às 21h45, no Engenhão, em estreia na Taça Libertadores da América. A partida, que marca a estreia dos dois tradicionais times no torneio continental, será com portões fechados.
A ausência de torcedores se deve à punição da Conmebol ao Flamengo por causa dos incidentes causados pela torcida rubro-negra na final da Copa Sul-Americana, em dezembro passado, contra o Independiente. Na ocasião, muitos tumultos foram causados nos arredores do Maracanã, inclusive com os portões sendo forçados para a entrada de torcedores sem ingresso.
O Flamengo vem de uma derrota por 4 a 0 para o Fluminense. Mas como o time de Paulo César Carpegiani atuou com uma formação reserva no sábado passado, pela Taça Rio, o que se leva em consideração é a boa campanha rubro-negra no Campeonato Carioca. Até então, a equipe conquistou a Taça Guanabara e estava invicta, com seis triunfos e um empate.
Para encarar o River, o único desfalque é o volante Cuéllar. Ele cumpre suspensão por ter sido expulso na final da Sul-Americana ao reclamar com a arbitragem após o apito final. Em seu lugar, Jonas é o escalado. Completando o meio-campo, Carpegiani usa uma formação mais agressiva, com Lucas Paquetá, Diego e Everton Ribeiro.
Na defesa, Diego Alves, que está recuperado de uma cirurgia no ombro e disputou as duas últimas partidas, está confirmado no gol. Rodinei e Renê devem ser os escolhidos para as laterais, enquanto Réver e Juan formam a dupla de zaga.
O Flamengo faz parte do Grupo 4, considerado um dos mais difíceis do torneio. Depois de encarar o River, semifinalista em 2017, o time encara o Emelec, em Quito, e fecha sua participação no primeiro turno contra o Independiente Santa Fé, em casa, mas tendo de atuar outra vez com portões fechados.
Estar em um dos grupos da morte não traz boas lembranças para o Flamengo. Em 2017, o time que na época era dirigido por Zé Ricardo não se deu bem e foi eliminado na primeira fase em uma chave que também contava com Atlético-PR, Universidad Católica (CHI) e San Lorenzo (ARG).
O adversário do Flamengo se reforçou em relação ao time que foi eliminado pelo Lanús no ano passado. O centroavante Lucas Pratto, ex-São Paulo, e o goleiro Armani, ex-Nacional de Medellín, foram os principais nomes que chegaram. Outro destaque do time argentino, um tricampeão continental (1986, 1996, 2015) é o atacante Scocco, ex-Internacional.
Embora o River tenha tradição e bons jogadores dirigidos por Marcelo Gallardo, o River não vive boa fase, ocupando apenas a 21ª colocação do Campeonato Argentina. Nas últimas cinco partidas pelo torneio, foram três derrotas, um empate e uma vitória, que fazem parte de um retrospecto que o deixa a 24 pontos do líder e arquirrival Boca Juniors.
FLAMENGO
Diego Alves; Rodinei, Réver, Juan, Renê; Jonas, Lucas Paquetá, Diego, Éverton Ribeiro, Everton; Henrique Dourado. T.: Paulo César Carpegiani
RIVER PLATE
Armani; Mayada, Pinola, Martínez, Casco; De la Cruz, Palácios, Zuculini, Pérez; Pratto, Scocco. T.: Marcelo Gallard
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro
Horário: 21h45 desta quarta-feira
Juiz: Michael Espinoza (PER)
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